Ele Geminiano, Ela Capricorniana.
Ele Geminiano, Ela Capricorniana.
Na história, fatos são apenas acontecimentos, mitos, apenas uma narrativa que guarda um fundo de verdade, e, lendas, são apenas a mistura dos fatos com a imaginação. Neste caso, eu, vou lhes contar um fato que, no decorrer, torna-se um mito, e que, provavelmente torna-se-a lenda.
O ano era 2024. Nesta era os signos andavam pelo planeta. Um planeta zodiacal tendo como força vital os 4 elementos da natureza, eles eram exatamente doze no total, divididos em quatro em cada reino, e, cada reino respondia a um elemento, sendo eles:
Terra - com os seguintes signos.
Taurinos, Virginianos, e, Capricornianos.
Ar - Geminianos, Aquarianos, e, Librianos.
Fogo - Arianos, Leoninos, e, Sagitarianos.
Agua - Cancerianos, Pisciano, e, Escorpianos.
Cada reino exibia beleza e sabedoria conforme seus regentes. O misticismo entre eles eram mais fortes, a sensibilidade, a audácia, e, vários outros. Uma noite, pensando na sua vida vazia, e, temendo a solidão, o Geminiano, procurava uma nova conquista, uma nova aventura, alguém que conseguisse suprir-lo fisica e mentalmente. Algo que o tirasse da rotina sedentária dos sonhos que tinha ora outras vezes. Ele era estudante na arte de criar, mas, o que criar sem o fator primordial para um artista...
A musa!
No outro canto do hemisfério, escondida nas serras de seu lar, a Capricorniana mesmo tendo os pés no chão, lutava contra a indecisão de ser ou não ser, contudo, sabia lá no fundo o quão belos eram seus poemas, mas, faltava algo, alguém que ela pudesse dividir suas escritas, e mais, criar forma para seu sentir. A indecisão sempre foi a crença nos momentos da criação, ainda assim, ela se lançava a cada escalada para o mais alto de sua da serras e das suas vontades, deixando os versos no ar, mesmo sem saber se haveria alguém a le-las, ou, se pararia perdida num galho qualquer de alguma árvore, e, com isso se a mesma seria apagada com as chuvas...
"Ela não achava que era boa o suficiente."
Na vida, ventos são meros mensageiros das tantas formas de escritas, das tantas almas que, sem perceber, se encontram. Algumas tão duradouras quanto o diamante, outras tão breves, que, se perdem na primeira brisa. Foi assim que esses signos pela primeira vez entraram em sintonia. O Geminiano sempre vagava pelos campos de onde ouvia no vento a voz de uma mulher, cujo sorriso o deixava hipnotizado. Aquela voz macia, fazia-o sonhar com um amor fora deste corpo celeste, e, por ser o signo do ar, seguiu a trilha deixada pelo vento.
Na outra extremidade, a Capricorniana sentiu a terra mudar seu comportamento avisando-a de um intruso no seu território. Ela prontamente armou-se de armas letais, e, uma delas, era suas letras. Percorrendo seu habitat deparou-se com um Geminiano, cauteloso no seu andar observando tudo à sua volta, até, vê-la. Ela era uma mulher atraente, bonita, cabelos e olhos da cor da terra, alva como o luar na madrugada, vestia uma roupa de seda transparente deixando a imaginação criar asas.
- Quem é você?.. Perguntou.
- Sou Gêmeos. Ele respondeu.
- O que esta fazendo aqui nos limites do meu reino?..
- Vim atrás da dona da escrita que envolvera minha alma e da voz que tornou-se oração ao dormir. Venho lendo-a a um tempo, e, preciso conhecê-la! Segui suas letras pelo rastro que o vento deixou, trazendo-me como pode ver.
Ela tomou como espanto. Seria mesmo versade? Ela havia naquele momento tido a resposta para a pergunta de séculos?..
- Você lê? De onde você é?..
- Sou do reino do ar. Leio, e, por alguma razão, me apaixonei pela dona destas escritas. Você à conhece? Pode me apresentar?..
Ele mal sabia que à quem buscava estava na sua frente, até:
- Eu sou a autora.
Agora quem tinha perdido o chão tinha sido ele. Sabia pelas escritas que seria uma pessoa bonita, mas, não imaginava que externamente superava sua imaginação.
- É você? Podemos conversar?..
Ele era comunicativo, sentou na lareira perto de uma cajazeira, pegou um fruto, e, saboreando-o começou a falar o quanto tinha gostado das escritas, pediu a ela que recitasse algumas para ele, falou do seu sentir diante dela, e, com a noite caindo, selou com um beijo. Numa mistura de terra e ar provocando ciclones na altura das horas. Os dias foram passando, se uniram para propagar nos outros reinos sua voz, enfatizando com imagens, mexendo no coração das tantas pessoas que à ouvisse. Ele lembra que nas suas conversas com esta mulher, a mesma tinha relatado que não se achava a coca-cola toda, porém, ele via mais que isso, via uma mulher de um conteúdo excepcional, de uma beleza que invejava as mais eficaz dubladora, que, ganhou um coração não amoroso e sim um coração amigo sem nenhum problema de ama-la incondicionalmente.
Texto: Ele Geminiano, Ela Capricorniana.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 12/04/2024 às 22:21