A Encantadoras das Letras.

A Encantadoras das Letras.

(Esse conto (Se posso dizer que é. ), é uma pequena, mas, singela descrição dos títulos entre aspas da Autora Djanira Luz, que tive o prazer de escavar e me aventurar em ler.)

Boa tarde.

Sou Osvaldo Rocha Jr., arqueólogo há trinta e seis anos, estive em muitos sítios descobrindo, e, juntando fragmentos da realidade com mitos, e, separando lendas dos fatos do período. Tantos foram as vivências ao longo desses anos, que, alguns destes achados, fincaram tão forte na lembrança tornando-se inesquecível, tal qual este que irei relatar hoje.

Estava numa escavação na área serrana do Rio, numa cidade, hoje denominada, Nova Fraiburgo. Antes toda essa extensão de terra, era um vasto deserto cheios de dunas, mas, em 1818, D João VI, abriu as portas para os Suíços colonizarem, e, é dai que começa uma história, não diria intrigante, mas, de fato, bem curiosa.

Com a vinda dos Suíços, os mesmo já instalados, começaram a construção desse vilarejo, porém, havia discórdias entres a população, todos queriam tudo, famílias se separaram, amores foram abandonados nas primeiras clareiras, filhos esqueceram o respeito pelos anciões e seus pais, tudo era um caos. Nuna certa tarde de domingo, sob o crepúsculo do anoitecer uma mulher vistosa, com a pele alva como se a lua à tivesse vestido com sua luz, cabelos castanhos caídos sobre seus ombros, um olhar penetrante, onde se podia ver a vida por diversos angulos. O vento açoitava seus vestido quase a deixando nua, seu calçado pesava no solo, mas, não deixava marcas a serem seguidas, seu corpo, segundo as escrituras, era comparada a da deusa Afrodite.

Ela chegou tão leve, que os minutos à saudaram, as horas pararam para observa-la, e então, naquele milésimo dos segundos, a noite desceu deslumbrante como aquela miragem contracenando entre a luz e a escuridão. Sentando na mesa de uma taberna, no canto sul da vasta sala, os olhares atentos, furtivos, não saiam de cima dela. Passadas as horas, uma mulher para à sua frente perguntando:

- Quem é você?

Ela com sua voz suave e enlouquecedora, responde:

- "Sou das Palavras", "Ascensão". "Por Dentro", "Obstinação". Sou a Luz.

A mulher sem entender nada, lhe faz outra pergunta:

- O que há trouxe ao nosso convívio.

Novamente ela olha para a inquisidora com seu olhar de sabedoria plena, responde:

- "Um Amor Singular" vejo que aqui, o desamor reina absoluto em suas vidas, e, se não houver mudanças "O Que Há Depois?"

A mulher ainda sem entender nada, começou a gargalhar chamando ainda mais atenção a aquela estranha. Sem mover um musculo qualquer, ela falou:

- Ardnas, seu mundo a deixou em "Encruzilhadas Ávidas" restando para si, um "Amanhã de Recordações", está na hora de dar um "Basta e Fim"

A mulher parou para ouvi-la. Como aquela estranha saberia de tais fatos, seria uma bruxa, a encarnação do próprio Lúcifer, ou, seria um anjo enviado pelos céus para ajudar aquele vilarejo.

- Co.. Com... Como, você sabe disso?..

A Luz sorriu com aqueles lábios rosados, e falou:

- Como disse. Vim ajudar vocês! Agora volte para seu lar, lá, seu marido à espera ansioso.

A mulher derrubando o banco, quase beijando o chão, correu para sua casa desacreditada, mas, crendo no que ouvira. A Luz levantou devagar, saudou a noite e sumiu porta a fora. Era de manhã, e o boato já havia se espalhado pelas redondezas, todos os cidadãos daquele lugar queria conhecer tal personagem. Um senhor que tinha se afastado de seu filho, um amante que perdeu seu amor nas trilhas da vida, o garoto que desejava ver a mãe sorrir, eram tantos fatos, tantas histórias com perdas, que, cada um teve sua resolução conforme o enunciado.

Aquela região serrana, "Já Não (era) Como Era Antes..."

Podia ser visto amor em cada canto "Refletidos" no olhar de cada pessoa, havia "Suavidades" em cada gestos, e, as letras encantadas daquela estranha, deixaram "Marcas da Paixão" para aqueles que ousasse entrar em contato com o calor daquela luz na forma de letras.

Eu mesmo pude sentir o poder dessa luz, estive perdido sem saber qual o gosto do amor, meu olhar opaco, e, sem vida no começo desta escavação, hoje vivos, enxergam a vida por um prisma poético, com narrações em prosas, de contos leves que só a luz traduz, e, na minha existência, onde não existia um sentir, aquela luz fez-me sentir "Essas Coisas Que Só Quem Ama Sente", e, numa "Dança Sazonal" amei cada estação da minha vida.

Texto: A Encantadora das Letras.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 09/04/2024 às 17:03

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 10/04/2024
Reeditado em 11/04/2024
Código do texto: T8038889
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