CONTINUO EU (BVIW)
Era uma vez eu me sentindo tão deconfortável, mais parecendo um “tipo perdido por ai em busca de autores”
Assim, vou seguindo a estrada da vida sem atropelar ninguém, mesmo nesta estrada não havendo nenhuma sinalização ando devagar, ziguezagueando por vezes, não levo nada nas mãos, não tenho pressa, se canso paro, depois do descanso prossigo; não tenho horizonte, não tenho ponto de chegada, nem a poeira nem o suor do meu rosto me atrapalham, não tenho ninguém a minha espera, não sei nem ao menos o que me aguarda na próxima esquina. E se não percebo o dia passar, pouco importa que a semana voe, o mês acabe e que o ano finde. Continuo eu com as pontas dos dedos sujos de poeira.
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Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 10.04.2024
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