A vida do Zé.
Era uma vez, em um mundo chamado terra, planeta água. Havia ali um pobre José, que morava na rua, se é que se pode falar que rua é morada. Pois acreditamos que é lugar de passear, mas há nesse lugar pessoas que moram lá assim como o José, o nosso Zé.
Ah ele é um sábio, sabe de cor e salteado os números e endereços, pontos turísticos que são mais visitados. Vê de tudo onde passa.
Mas por que será que o Zé mora na rua? Se vislumbra com que há no seu lugar? Passeando pelo seu mundo, escuta de tudo, faz de tudo para não voltar de onde veio. Brigas, desrespeito, surras, e o alcoolismo do pai fizeram José procurar abrigo, onde achava que longe dos perigos familiares estaria melhor.
E se o mesmo encontrasse em si coragem para meter o pé? Fazer justiça e salvar o seu eu? Como que um pai, pode por meio de atitudes expulsar o seu filho de casa? É meu inimaginável acreditar que isso acontece. Mas o Zé é cheio de fé, espero que saia dessa em pé. O texto é uma homenagem ao Zé, que gosta, ama rimas, mesmo diante de tudo isso se alegra e passeia do Higienópolis até sé. Que ele tenha, sempre a fé viva, até o seu último suspiro, que encontre abrigo e mudança de vida. Que a esperança não te falte e o seu sorriso te alegre, ao renovar a sua história, muda, mude e que seja com o seu próprio pé. Muita coragem José!