Ela. (Lilith)

Ela. (Lilith)

Primeiro antes de narrar, vamos saber um pouco da figura em questão.

Lilith.

(em hebraico: לילית, em antigo árabe: ليليث), é uma figura feminina nas mitologias Judaica e da Mesopotâmia, interpretada por alguns como sendo a primeira esposa de Adão, criada ao mesmo tempo e da mesma forma que ele, e apresentada em diversos mitos e narrativas como uma personagem demoníaca primordial, ou um arquétipo na demonologia judaica e da Babilônia.

Fonte: Wikipédia.

Houve um tempo antes do próprio tempo corrido na nossa história, um tempo tão distante que Hell curvava-se diante dele...

O tempo da criação.

Naquele tempo, surgiram varias fábulas em nome do homem, mitos envolta da feminilidade, e, reais aparições da sexualidade de algumas mulheres. Essas mulheres ao nascer eram batizadas as margens de Aqueronte, sob o fogo da luxúria, e, vestes angelicais do próprio Deus. Nesse periodo uma mulher nasceu, morena com o pecado sendo sua corte, durante uma noite sem estrelas e luar de sangue. Ela era parte da essência noturna dos momentos em pecado, radiante tal qual o sol era capaz de criar a luz.

Suas curvas recheadas de prazer contornavam a mente frágil de qualquer ser, sempre calada, em seu mundo onde aqueles que vagam por lá era disposto e tentado pela loucura de ama-la. Não conseguindo, ficavam atormentados em seu universo, cegos talvez em não ver quão profundo é o abismo a sua frente, atraído pelo doce falar que excita o mais notório Eunuco. Afundam-se tão rapidamente para quando perceber, já teria entregue sua alma ao demônio.

Esse demônio teve um nome...

Essa mulher cresceu vistosa a ponto de fazer homens demorar num banho em pensamentos pecadores, masturbando-se até o gozo final. Ela obteve do crepúsculo todo mistério contido entre o raiar e o se pôr, filha natural da própria Lilith, foi forjada no fogo do inferno, moldada pela própria Súcubo, batizada pela Trindade Santa sobre a benção de Deus, e, foi corrompida por ninguém menos que Asmodeus.

Por esse mesmo amor foi sufocada de elogios maldosos, crucificada quando sorri sem intenções maliciosas, mas, instiga os pensamentos mais puros com o seu jeito de ser.

Ela é assim:

Um demônio ardendo na chama divina.

Uma mulher desejando tudo a sua volta sem querer nada além do que obtem.

Um anjo de palavras doces que leva qualquer cristão ao tormento de um inferno sem o direito de julgamento.

Quando à olho, vejo um mar de perdição, um vasto caminho para a tormenta e naufrágio certo, um rio em que poderia nadar, mas, de certo me afogaria no toque dos seus lábios. Tantos homens, mulheres, e, criaturas cairam enfeitiçado por esta mulher, um em questão se destaca nitidamente deixando claro o intento, ele se não a tiver com certeza luta por isso, ela sabe, ela gosta, ela até deseja essa loucura entre os homens no seu rol. Como sua mãe superiora, Lilith, ela não aceita ser dominada, quem o fizer, tera um fim tão assustador que o próprio Diabo a evitar e faz o sinal da cruz.

Levando e elevando minhas cogitações nas madrugadas sem dormir, penso:

O que a torna tão provocante?

Que Gens domina sua sexualidade?

Qual Demônio controla seu líbido?

Qual Anjo enfatiza seu corpo?

Nos devaneios acordado em sua presença, observando-a em sua cadeira enquanto um empacotador a deseja, deixando a desejar todo o feito, já que, a sua mente idealiza o sexo com essa criatura dá para nota-lo estremecer e em sua imaginação..

Suas bocas de encontro envolvendo toda a lingua, mãos deslizando pela cintura a procura do desejo, suor, frio, e, um mergulho na umidade desejável por entre as pernas, sente o calor que queima, seus seios, toques, palavras soltas ao vento, movimentos tão precisos que nem mesmo Eros ousaria tentar, faz daquele pensar, o maior sexo de sua vida.

Fui questionado o porque de atrair tantos.

Fiquei quieto, sorri de canto, falei em silêncio...

Seu interior.

Dito isso.

Quer saber de mim...

Sou apenas um escritor que por muitas vezes observei seres como este, devastando almas, acorrentando corações puros a seu bel prazer, e, eu estou acorrentado, querendo ser visto como um irmão, um amigo, alguém merecedor de sua atenção e segredos, mas, embora ouvisse sempre o contrário, suas ações ditam o óbvio.

Sou um aventureiro, por assim dizer, tentando aventurar-me neste caminho de desespero, buscando ser lido nas infames loucuras letra por letra, mas, tendo por sorte ser menosprezado por tal ser.

Sou um arqueólogo, tentando decifrar a natureza atrativa daquela mulher, criando sitios afim de desencravar segredos ocultos referente ao sagrado e o profano, e assim, entender seus pergaminhos.

Sou design. talvez eu fosse capaz de recriar tal estrutura, contudo, não conseguiria copiar a sua atração, e, nem com isso conseguiria um lugar no seu universo, pois me frustraria, deixando claro a minha insignificância de ser seu dito "amigo". Sendo assim, eu à engano fingindo crer que acredito, e ela, acredita me enganar.

Quem sou?..

Para ela!..

Apenas uma parte asquerosa de Adão, que a fez ser ignorada por Deus

Sou apenas um homem.

Texto: Ela. (Lilith)

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 29/03/2024 às 15:33

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 29/03/2024
Reeditado em 30/03/2024
Código do texto: T8030740
Classificação de conteúdo: seguro
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