O conto do ponto

O ponto sozinho não faz um conto, mas um ponto com mais dois pontos fazem reticências.

O ponto, nem te conto, vivia sozinho, sempre visto no fim do conto; até que um dia, conheceu a vírgula. Se o ponto encerrava, a vírgula esticava a corda. Casaram-se, geraram o ponto e a vírgula, que não encerra, nem estica a corda, mas embeleza o conto.

Um ponto? Não, ao longe, do alto, a cabeça de um homem sozinho na areia é só um ponto, preto, amarelo, branco, marrom. Não importa a cor, é somente um ponto.

Não sei se te conto, afinal, não tinha o que escrever, apenas lembrei-me de escrever o conto do ponto. Ponto.

Joaquim Lutero
Enviado por Joaquim Lutero em 04/03/2024
Código do texto: T8012543
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