UM AMOR PASSAGEIRO DE CARNAVAL

Aquele carnaval marcou a vida de Edvaldo, apesar de ser uma festa de alegrias para ele, que tornou-se uma pessoa triste, depois que conheceu Delba mudou completamente o seu modo de viver, jamais imaginara chegar a esse ponto por conta de uma mulher que conheceu num baile de fantasias.

O quarentão já namorara várias mulheres e por nenhuma conseguiu se apaixonar, no entanto com essa as coisas foram diferentes, seu coração foi flexado e ele se rendeu a esse amor que lhe deu a impressão de ser sincero. Ele próprio não estava se reconhecendo, mas estava feliz, enfim mudaria sua vida e almejou até desposar essa desconhecida.

Sábado de carnaval, tomava sua cerveja em um badalado clube da cidade onde costumava todos os anos brincar num baile de fantasias. Seu olhar cruzou com o de uma bela jovem, sentiu que aquele momento foi importante para ele, aproximou dela, trocaram algumas palavras, cada um tirou sua máscara e se envolveram no embalo das marchinhas momescas. Quatro horas da manhã o baile teve fim, promessas, beijos, abraços e num mundo fantasioso Edvaldo penetrou. Delba se foi com uma amiga, mas prometeu encontrá-lo na noite seguinte.

Domingo de carnaval, a ansiedade só terminou quando Delba chegou e deu um simples beijo em Edvaldo, que notou uma certa frieza nela, mas deram início ao divertimento carnavalesco. Tudo desandou quando a moça comunicou que não estava afim de um homem só, que era de todos e que queria apenas se divertir e viver a vida. Edvaldo teve um impacto emocional, sabia que foi uma paixão de 24 horas, porém encarou como um fato que poderia emplacar um grande amor. Decepção total, seu coração começou a sofrer, teve vontade de chorar com esse desespero. Ali mesmo tudo terminou, voltou para casa triste e nem deixou a madrugada lhe abraçar.

O tempo passou, nunca mais viu Delba, foi o pior carnaval que brincou e prometeu nunca esquecer aquela que abalou seu coração. A sua imagem ficaria guardada para sempre em sua memória.