Sujim e oTribunal Paralelo
Como Tim Lopes, milhares de dezenas de brasileiros ou não, neste momento, estão sendo julgados e executados por um Tribunal Paralelo. No início de 2007 um garoto de apenas 12 anos, morando numa favela do Rio de Janeiro, procedia mal em relação aos conceitos e leis do poder paralelo do tráfico de drogas. As mães de outros tantos garotos foram chamadas ao “Tribunal”, para apresentarem retratos de seus filhos, a fim de que não fossem confundidos e executados em lugar de “Sugim”, mas a primeira tentativa de execução foi frustrada.
"Sugim" soltava pipa, próximo à cachoeira do Rio de Pedras, enquanto outros companheiros tomavam banho. A escolta seguiu em direção à cachoeira para executar o plano, mas por dentro da mata, outro garoto fez-se mensageiro e avisou ao condenado, que, imediatamente fugiu dali.
Uma semana depois a escolta chegou à cachoeira e dirigiu-se a um garoto de apenas 12 anos:
- Você é Sugim?
- Meu nome não é Sugim. Não gosto desse apelido – A resposta foi a confirmação de que aquele era o procurado, e em seguida, uma rajada de tiros alvejou a criança. No mesmo instante, “o comandante da guarda”, falava por celular com seu “Chefe”
- O garoto ainda está vivo! – Do outro lado uma voz responde:
- Xeque-mate – e mais uma vida se foi.
Meu, Deus, meu Deus! Até quando, até quando o Rio de Janeiro derramará o sangue inocente de seus filhos?