VÉSPERA DE NATAL

Era uma noite chuvosa e aquela menina sozinha e triste sentada debaixo de uma marquise de uma loja. Todos passavam apressadamente carregando vários embrulhos de presentes, era véspera de Natal. Ninguém olhava ou perguntava, por que está sozinha nesse frio? Cadê a sua família?

O cansaço a fez adormecer embrulhada em vários jornais que ela encontrou numa lata de lixo na esquina daquela avenida.

Sonhou com um Anjo que a levou até um estábulo, onde tinha uma jovem mãe com uma criança recém-nascida, o pai, vários pastores e animais. Ela como muito medo, perguntou: quem são? O Anjo respondeu: esse menino é o filho de Deus que será chamado, Jesus, a mãe, Maria e o pai adotivo, José. Ela na sua inocência ficou encantada com aquilo tudo que estava vivenciando.

Quando ela acordou estava numa emergência de um hospital, e ao seu lado Dr. Bráulio, um médico que a caminho do seu plantão, parou o seu carro e viu aquela criança que já estava desacordada devido ao frio e fome. Imediatamente a embrulhou no seu casaco, conduzindo-a para receber os primeiros socorros.

Qual o seu nome? Ana. A sua idade? Sete. Onde você mora? Não tenho casa, moro na rua. Cadê os seus pais? Eles morreram atropelados.

Vou fazer um convite, aceita? Eu? Você mesmo, vai passar o Natal na minha casa junto da minha família.

Plantão do Dr. Bráulio termina, ele segue para a sua casa com uma convidada muito especial, que ele tinha salvado a sua vida. Foi recebida com muito carinho por todos.

Providenciaram roupas, brinquedos e até fitas para o seu cabelo, que depois de lavados ficaram sedosos e brilhantes...

E agora, o que vamos fazer, pergunta ele a sua esposa, Bia? Ela responde, adotá-la.

Vou parar com os tratamentos de fertilização e, fertilizar o meu coração. Assim fizeram, entraram com o processo de adoção.

Ana tornou-se uma jovem muito bonita, educada e muito aplicada nos seus estudos. Quis seguir a profissão do seu pai adotivo, médico pediatra. Todos os anos na celebração natalina, ela fazia questão de dar plantão e, dirigir bem devagarinho para descobrir alguma criança sozinha nas ruas, praças e avenidas.

Agradecia a Deus pela oportunidade na sua vida, recordando do sonho na véspera de Natal que a fez compreender o verdadeiro sentido dessa data.