Um Sonho.
Em um mundo onírico, em um barco redondo que flutuava em águas etéreas, você e eu nos encontrávamos, navegando pelos confins da imaginação. Desde o início do sonho, eu já estava presente, como se pertencêssemos àquele universo onírico há eras. A atmosfera ao nosso redor era serena, até que suas palavras ecoaram, rompendo o silêncio do sonho.
"Não tem alma", proclamei, sem entender completamente o significado daquelas palavras, mas elas trouxeram uma mudança palpável no ambiente. Criaturas misteriosas, antes apenas contornando a borda do nosso barco, foram despertadas para a nossa presença. Pareciam sombras em movimento, seres etéreos que habitavam as fronteiras entre o real e o imaginário.
A tensão aumentou quando essas criaturas, vestidas com túnicas marrons que lembravam monges, emergiram do nada. Suas vestes pareciam flutuar como se impulsionadas por correntes invisíveis, e uma aura de luzes coloridas as cercava. Olhos penetrantes revelavam uma sabedoria ancestral, mas algo mais sinistro espreitava por trás de sua aparência serena.
Ao perceberem nossa presença, essas entidades lançaram suas energias em nossa direção. Feixes de luzes coloridas cortavam o ar, cada raio carregando consigo um poder misterioso. Instintivamente, eu me posicionei entre você e a ameaça iminente, abaixando-me para protegê-lo das energias que dançavam ao nosso redor.
A batalha surreal continuava, uma dança entre a escuridão e as luzes cintilantes. Cada movimento que fazíamos ecoava naquela paisagem onírica, como se estivéssemos presos em uma pintura viva. As criaturas, dotadas de uma beleza sobrenatural, desafiavam a própria natureza dos sonhos.
E assim, nesse cenário fantástico e intrincado, nós nos tornamos os protagonistas de uma história que se desdobrava em camadas de significado oculto. A bordo do barco redondo, em meio a seres de luz e sombras, escrevemos um capítulo único em um livro onírico, onde as fronteiras entre a realidade e a imaginação se desvaneciam, revelando um mundo além dos limites da compreensão humana.
PS. Esse conto foi escrito a partir de uma conversa que eu tive com minha esposa relatando um sonho. Quando encontrei esse áudio, achei interessante publicar a nossa conversa sobre o o corrido, para se saber o que inspirou o poeta a escrever o conto .