A FUGA
Naquela noite chuvosa, no final do mês de novembro, ela angustiava-se, não conseguindo dormir. Imaginava os frutos caídos a enverdecer a úmida areia. Já havia firmado o compromisso, contratado os serviços. Por isso, ansiava o término da noite… O vizinho mototaxi estaria de prontidão.
Saíra de manhã cedo, sabendo aonde ir. Nem sequer despontara o sol. Sumia-se na densa neblina, na garupa do mototaxi percorria a estrada de chão, lá pelas bandas do João Mentira… Estava feliz, transbordando de emoção. Trocara o sono das cinco por um saco de pequis.