CURTINDO O MAR
Da janela do 13° andar do apartamento a beira mar dava para vislumbrar uma incrível garota que estava sentada na areia. Meu binóculo se manteve em seu escultural corpo bronzeado sob uma esteira. Estava sozinha. Uma pequena bolsa com alguns pertences, um pequeno 'cooler' com algumas latas de cerveja e um par de óculos escuros protegendo seus olhos me impressionaram. O que fazia aquela linda morena ali sozinha olhando o mar? Precisava descobrir. E depois de alguns minutos para ver se alguém não se aproximava dela, resolvi descer.
Exatamente dez minutos foi o tempo que gastei para descer do prédio portando um 'cooler' com algumas latas de cerveja, um short e camiseta, além de um par de óculos escuros. Desembarquei do elevador ansioso para me deparar com a moça e sentar discretamente ao seu lado. Atravessei a movimentada avenida e procurei o local onde ela se encontrava. Para minha surpresa ninguém com as suas características se encontrava ali. Que decepção! Vasculhei visualmente o local e tive a certeza de que ela possivelmente já havia ido embora ou eu me enganara de lugar. Não, eu não havia me enganado, o local era exatamente ali onde eu estava. Mesmo assim me sentei na areia e iniciei alguns goles de cerveja e apreciei o mar como se nada de anormal estivesse acontecendo.
Consumi as cinco latas de cerveja degustando alguns petiscos que havia levado e fiquei matutando sobre a garota. Um lindo exemplar de um ser humano do sexo feminino me escapara em pouquíssimo espaço de tempo. Só o vento acariciava meu rosto e me deixava tranqüilo olhando o azul do mar. Banhistas entrando e saindo da praia, vendedores de sorvete e outras bugingangas passavam por ali e eu sem tirar a mina da cabeça. Ainda chateado decidi subir, da minha janela apreciaria melhor o mar e talvez tomasse mais umas duas latas de cerveja. Foi o que fiz, porém uma surpresa me aguardava quando lá cheguei: a garota lá estava sentada na mesma posição com uma lata de cerveja na mão.