# Os Três Cachorros Amigos

 

 

## Capítulo 1: O Encontro

 

Era uma tarde ensolarada e Bartolomeu estava passeando pelo parque com seu dono, Lucas. Bartolomeu era um cachorro alegre e brincalhão, que adorava fazer novos amigos. Ele viu um outro cachorro correndo na grama e correu atrás dele.

 

- Oi, eu sou o Bartolomeu! Qual é o seu nome? - ele latiu.

 

- Oi, eu sou o Romeu! Você quer brincar comigo? - o outro cachorro respondeu.

 

- Claro, eu adoro brincar! - Bartolomeu disse.

 

Os dois cachorros começaram a correr, pular e rolar pelo parque, se divertindo muito. Eles eram muito parecidos: ambos tinham o pelo marrom e as orelhas caídas. Eles também tinham donos carinhosos: Romeu vivia com glorete professora

 

Enquanto eles brincavam, eles viram um terceiro cachorro sentado embaixo de uma árvore. Ele era preto e branco, com olhos azuis e uma cicatriz na pata. Ele parecia triste e solitário.

 

- Quem é aquele? - Bartolomeu perguntou.

 

- Eu não sei, eu nunca o vi antes. Vamos lá falar com ele! - Romeu sugeriu.

 

Os dois cachorros se aproximaram do cachorro desconhecido e tentaram cumprimentá-lo.

 

- Oi, nós somos o Bartolomeu e o Romeu. Você quer brincar com a gente? - Bartolomeu latiu.

 

- Não, eu não quero. Me deixem em paz! - o cachorro resmungou.

 

- Nossa, que grosso! Por que você é assim? - Romeu perguntou.

 

- Isso não é da sua conta. Agora vão embora! - o cachorro ordenou.

 

Bartolomeu e Romeu ficaram surpresos e magoados com a reação do cachorro. Eles não entendiam por que ele era tão mal-humorado e antipático. Eles resolveram voltar para seus donos, mas não tiraram os olhos dele.

 

- Você acha que ele tem algum problema? - Bartolomeu perguntou.

 

- Eu não sei, mas ele parece muito infeliz. Talvez ele precise de amigos. - Romeu respondeu.

 

- É, talvez. Mas como vamos fazer ele gostar da gente? - Bartolomeu questionou.

 

- Eu tenho uma ideia. Vamos tentar de novo amanhã. Quem sabe ele muda de ideia? - Romeu propôs.

 

- Tá bom, vamos tentar. Mas eu espero que ele seja mais simpático da próxima vez. - Bartolomeu concordou.

 

Os dois cachorros se despediram e voltaram para casa com seus donos, pensando no cachorro misterioso que haviam encontrado no parque. Eles não sabiam que ele se chamava Jhon, e que ele tinha uma história triste por trás de sua personalidade difícil.

 

A história triste de Jhon é que ele foi abandonado no lixão quando era filhote. Ele passou por muitas dificuldades e sofrimentos, tendo que se virar sozinho para sobreviver. Ele foi atacado por outros animais, machucado por objetos cortantes e queimado pelo sol. Ele ficou com medo e desconfiado de tudo e de todos.

 

Um dia, ele foi encontrado por Gabriel e Amanda, dois universitários que voltavam da para casa. Eles viram o cachorro ferido e sujo no meio do lixo e ficaram com pena dele. Eles o levaram para casa, cuidaram de seus machucados, deram banho, comida e carinho. Eles decidiram adotá-lo e deram o nome de Jhon.

 

Jhon ficou muito feliz e grato por ter um lar e uma família. Ele se apegou muito a Gabriel e Amanda, que eram muito bons com ele. Eles o levavam para passear, brincar e dormir com eles. Eles também compraram brinquedos, roupas e acessórios para ele. Jhon se sentia amado e protegido.

 

Mas Jhon ainda tinha traumas do seu passado. Ele não conseguia se relacionar bem com outros cachorros ou pessoas. Ele tinha medo de ser abandonado de novo, de ser machucado ou rejeitado. Ele era muito ciumento e possessivo com seus donos, não queria dividir a atenção deles com ninguém. Ele também era muito agressivo e desobediente, não gostava de seguir regras ou ordens. Ele rosnava, mordia e latia para quem se aproximasse dele.

 

Gabriel e Amanda tentavam educar Jhon, mas não tinham muito tempo nem experiência. Eles também tinham que se dedicar aos estudos, o que deixava Jhon sozinho em casa por muitas horas. Jhon ficava entediado, ansioso e triste. Ele fazia bagunça, destruía coisas e chorava muito.

 

Gabriel e Amanda perceberam que Jhon precisava de mais companhia e socialização. Eles pensaram em levar Jhon para a casa de sua mãe, onde ele poderia ver outros cachorros e pessoas, fazer exercícios e se divertir. Eles esperavam que Jhon se acostumasse com o ambiente e fizesse amigos.

 

Foi assim que Jhon conheceu Bartolomeu e Romeu, dois cachorros simpáticos que queriam brincar com ele. Mas Jhon não estava interessado em fazer amigos. Ele estava acostumado a viver sozinho, a se defender dos perigos, a não confiar em ninguém. Ele achava que os outros cachorros eram chatos, bobos ou ameaçadores. Ele preferia ficar isolado dentro de casa observando tudo com desdém.

 

Bartolomeu e Romeu não entendiam por que Jhon era tão rude e fechado. Eles queriam ajudá-lo a ser mais feliz e sociável. Eles achavam que Jhon tinha uma história triste por trás de sua personalidade difícil. Eles decidiram tentar conquistar a amizade de Jhon, mesmo que ele os rejeitasse no início.

 

Bartolomeu e Romeu voltam a se aproximar de Jhon novamente. Eles levam alguns brinquedos, como bolas, cordas e ossos, e oferecem para Jhon. Eles também tentam elogiar Jhon, dizendo que ele é bonito, inteligente e forte. Eles esperam que Jhon se sinta mais à vontade e aceite brincar com eles.

 

Mas Jhon não se impressiona com os brinquedos nem com os elogios. Ele acha que Bartolomeu e Romeu estão tentando comprar sua amizade ou bajular ele. Ele também acha que eles são muito infantis e bobos, que não sabem nada da vida. Ele continua a ignorar ou rejeitar as tentativas de aproximação dos dois cachorros.

 

Bartolomeu e Romeu ficam frustrados e tristes com a atitude de Jhon. Eles não entendem por que ele é tão resistente e orgulhoso. Eles pensam em desistir de tentar ser amigos dele. Mas eles também sentem pena de Jhon, que parece tão sozinho e infeliz. Eles decidem dar mais uma chance para ele.

 

Eles então têm uma ideia: eles vão convidar Jhon para participar de uma corrida com eles. Eles sabem que Jhon é rápido e ágil, e que gosta de competir. Eles acham que uma corrida pode ser uma forma de animar Jhon e mostrar que eles são divertidos e desafiadores. Eles também acham que uma corrida pode ser uma forma de criar um laço entre eles.

 

Eles então se aproximam de Jhon e fazem o convite.

 

- Ei, Jhon, nós temos uma proposta para você. Você quer participar de uma corrida com a gente? - Bartolomeu pergunta.

 

- Uma corrida? Para quê? - Jhon pergunta.

 

- Para ver quem é o mais rápido, oras! - Romeu responde.

 

- E o que eu ganho com isso? - Jhon questiona.

 

- Bom, se você ganhar, você pode escolher um dos nossos brinquedos para ficar. - Bartolomeu oferece.

 

- E se eu perder? - Jhon indaga.

 

- Se você perder, você tem que prometer que vai brincar com a gente pelo menos uma vez. - Romeu propõe.

 

Jhon pensa por um momento. Ele não está muito interessado em brincar com Bartolomeu e Romeu, mas ele também não quer perder a chance de ganhar um brinquedo. Ele também está curioso para ver se eles são mesmo rápidos como ele. Ele decide aceitar o desafio.

 

- Tá bom, eu aceito a corrida. Mas eu aviso: eu sou muito rápido. Vocês não têm chance contra mim. - Jhon diz.

 

- É o que vamos ver. Vamos lá! - Bartolomeu diz.

 

Os três cachorros se posicionam na linha de partida, que é uma árvore no fundo do quintal. Eles combinam que devem dar três voltas no quintal. Eles esperam o sinal de Lucas dono de Bartolomeu, que vai dar a largada.

 

- Prontos? Valendo! - Lucas grita.

 

Os três cachorros saem em disparada, correndo o mais rápido que podem.

 

Jhon se sente um pouco confuso depois da corrida. Ele não esperava que Bartolomeu e Romeu fossem tão rápidos quanto ele. Ele também não esperava que eles fossem tão gentis e honestos. Eles não tentaram trapacear nem reclamar do resultado. Eles apenas o parabenizaram pela vitória e o cumprimentaram pela corrida.

 

Jhon se sente um pouco lisonjeado com os elogios e o reconhecimento. Ele não está acostumado a receber esse tipo de atenção. Ele também se sente um pouco divertido com a corrida. Ele não pode negar que foi uma experiência emocionante e desafiadora. Ele até sentiu uma ponta de adrenalina e alegria.

 

Jhon se sente um pouco curioso sobre Bartolomeu e Romeu. Ele não entende por que eles são tão persistentes e amigáveis com ele. Ele não sabe o que eles querem dele. Ele também não sabe o que ele quer deles. Ele se pergunta se eles são mesmo sinceros e leais, ou se eles têm alguma intenção oculta.

 

Jhon se sente um pouco incomodado com a proposta de Bartolomeu e Romeu. Ele não gosta da ideia de ter que brincar com eles pelo menos uma vez. Ele acha que isso é uma imposição e uma invasão do seu espaço. Ele também acha que isso é uma perda de tempo e uma bobagem. Ele prefere ficar sozinho e quieto.

 

Jhon se sente um pouco dividido entre aceitar ou recusar o convite de Bartolomeu e Romeu. Ele tem medo de se envolver com eles e se machucar ou se decepcionar. Ele também tem medo de rejeitá-los e se arrepender ou se sentir culpado. Ele não sabe o que fazer.

 

Jhon se sente um pouco diferente depois da corrida. Ele percebe que Bartolomeu e Romeu mexeram com ele de alguma forma. Eles despertaram nele sentimentos e pensamentos que ele não tinha antes. Eles mostraram para ele um lado da vida que ele não conhecia. Eles fizeram ele se questionar sobre si mesmo e sobre os outros.

 

Jhon se sente um pouco confuso depois da corrida. Mas ele também se sente um pouco interessado em saber mais sobre Bartolomeu e Romeu, e sobre a amizade que eles oferecem para ele.

 

Jhon se torna amigo de Bartolomeu e Romeu.

 

O final maravilhoso é que Jhon finalmente se abre para Bartolomeu e Romeu, e eles se tornam amigos inseparáveis. Depois de muitas tentativas, Jhon percebe que Bartolomeu e Romeu são sinceros e leais, e que eles só querem o seu bem. Ele também percebe que ele não precisa ter medo ou vergonha do seu passado, e que ele pode ser feliz no presente.

 

Um dia, Jhon decide contar sua história para Bartolomeu e Romeu, explicando como ele foi abandonado no lixão, como ele sofreu e como ele foi salvo por Gabriel e Amanda. Ele também agradece aos dois cachorros por não desistirem dele, e por lhe mostrarem o valor da amizade.

 

Bartolomeu e Romeu ficam emocionados com a confissão de Jhon, e o abraçam com carinho. Eles dizem que eles entendem o que ele passou, e que eles estão orgulhosos dele por ter superado as dificuldades. Eles também dizem que eles o amam como um irmão, e que eles sempre estarão ao seu lado.

 

Jhon se sente aliviado e feliz por ter compartilhado sua história com seus amigos. Ele se sente mais leve e livre. Ele também se sente mais confiante e seguro. Ele sorri pela primeira vez em muito tempo.

 

A partir daí, Jhon se torna um cachorro mais alegre e sociável. Ele começa a brincar com Bartolomeu e Romeu todos os dias, se divertindo muito com eles. Ele também começa a interagir com outros cachorros e pessoas na rua, sendo mais educado e simpático. Ele até faz novos amigos.

 

Gabriel e Amanda ficam muito felizes ao ver a mudança de Jhon. Eles percebem que ele está mais feliz e saudável.

 

Assim, os três cachorros amigos vivem felizes para sempre, compartilhando aventuras, risadas e carinhos. Eles aprendem que a amizade é o maior tesouro que alguém pode ter, e que ela pode superar qualquer obstáculo ou dificuldade. Eles também aprendem que a felicidade é simples, basta ter alguém para amar e ser amado.

Joilson Remanso
Enviado por Joilson Remanso em 16/09/2023
Reeditado em 16/09/2023
Código do texto: T7887009
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