FIM DE FESTA
Microconto
Ah! Quanta algazarra, quanta alegria durante a festa, quanta empolgação, tudo foi tão bem planejado para que o divertimento atingisse o seu grau máximo. Nunca me senti tão bem mesmo diante de tudo que vocês vão conhecer a partir do próximo bloco deste microconto. Nosso grupo de amigos, todos adolescentes, não falava outra coisa senão a festa de Lúcia.
Estávamos nos anos setenta, a festa de formatura de uma amiga nossa, concluinte do Magistério, era muito esperada entre tantas outras que viriam depois. Lúcia, minha deusa secreta, estava se formando, ela nem sabia que eu a amava. Tudo para mim foi magia a partir do início da festa, dançamos, bebemos, curtimos como nunca, mas a minha intenção era "domar" Lúcia (só dancei uma parte com ela). Tinha esperança de, nessa noite/madrugada, ouvir um "sim" dela.
Quatro da manhã, muita gente já tinha ido embora, eu estava ali no pátio do clube junto com outros amigos, todos "alegres" devido ao excesso de bebida, alguns até dormiam na grama, outros em bancos ou até mesmo sobre mesas. Lúcia ainda estava no clube com a família arrumando coisas e objetos que voltariam para sua casa. Não deu, queria tanto sentir mais um pouquinho a suavidade daquele corpo que eu tanto desejava, mas tem nada não, fica para a próxima.