DIVAGAÇÕES, TÃO SOMENTE... (BVIW)

 

 

 

Confessar?! Eu? Nem meus sentimentos, que são tão confusos, que nem eu entendo. Vivo envolta num silêncio de portais, que me sufoca. Não sei onde encontrar a verdade, no olhar, nos gestos? Nas ações? A minha cabeça gira e eu não sei em qual eixo, em qual foco.

Só sei que no princípio eu não era nada, ai me fizeram: eu nasci. Atualmente estou vivendo, dividida entre o ser ou não ser eis a questão. Contudo, mais propensa a viver a existência das plantas e dos animais irracionais, que apenas vivem sem medo nem memória.

Por enquanto, estou indo que nem Martinho da Vila, “devagar devagarinho” esperando a morte chegar, o que será a consumação: “morrer para dormir”. E quando acontecer, voltarei a ser nada, o que me impossibilitará de colocar o ponto final.

 

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 15/08/2023
Reeditado em 15/08/2023
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