Prisioneira
Prisioneira
Não posso entender sua angústia.
De tanto ver negada a empatia às minhas dores, feri o céu da boca controlando as lágrimas e hoje, meus olhos secos fixam-se no seu pulso que sangra.
A dor solitária não me fez mais humana. Deixei de sofrer por mim e não vejo mais o outro.
Entretanto, quando durmo, minha alma sangra em pesadelos constantes e os seus olhos seguem inchados de sentir em mim o insensível.