Prisioneira

Prisioneira

Não posso entender sua angústia.

De tanto ver negada a empatia às minhas dores, feri o céu da boca controlando as lágrimas e hoje, meus olhos secos fixam-se no seu pulso que sangra.

A dor solitária não me fez mais humana. Deixei de sofrer por mim e não vejo mais o outro.

Entretanto, quando durmo, minha alma sangra em pesadelos constantes e os seus olhos seguem inchados de sentir em mim o insensível.

Elisabeth Lorena Alves
Enviado por Elisabeth Lorena Alves em 06/08/2023
Código do texto: T7854858
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