O Retorno. I Parte.
O Retorno. I Parte.
Ele sempre retornava à praia, sentava no mesmo local onde encontrara a caixa, e, dentro o bilhete. Nesta noite, observava a mesma estrela no firmamento a qual só foi vista nos dias, nove, dez e onze do mês de junho. Suavemente o mar emitia sua voz, calma com ondas deitando sobre seus pés. Não Havia uma procura, uma busca muito menos, mas, nada impedira seu desejo mais profundo.
Como um anjo caído, se entregava a terra em nome desse amor, isso mesmo, um amor que lutou eras para achar a sua outra metade, e, que, navegando em sonhos, pilhou, naufragou, ancorou, neste estado de orlas sem fim. Através de mensagens despojadas no mar, afim de ter retorno, contudo, não viera do mar, e sim, do céu.
O sinal estava claro.
A estrela apareceu indicando boas novas, prevendo o retorno do carinho de outrora, e, o tão desejado beijo. Ele sorriu, e, mergulhou nas lembranças de Junho, então, algo o despertou do seu devaneio, forçando-o a mirar o horizonte para perceber velas a seis dias do litoral. Pelo formato das velas, de certo, era aquela corsária, cujo vento carregou sua Nau rumo ao sul, estava retornando para se encontrar com ele, e, pela beleza dos mares baianos.
Ele então, levantou para observar melhor, não havia dúvida com relação a forma das velas, não tinha como se enganar. Resolveu mergulhar, banhar-se da pureza do mar, e, pensando nos sinais descritos por seus amigos arqueólogos em uma das suas viagem, um clarão acompanhava a navegação, e, no seu peito a conexão com o divino se fez presente para um futuro desconhecido... Então,.
Ele jurou:
- Estarei aqui! Sempre que cursar este rumo, eu estarei aqui! À sua espera...
Texto: O Retorno.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 04/08/2023 às 09:21