A MENINA QUE COLECIONAVA CORAÇÕES
Essa menina nasceu em berço de ouro, mas não aceitava a vida que os pais ostentavam, ela gostava de simplicidade, de felicidade plena e, principalmente, de liberdade. Cristina era uma menina que gostava de ver a alegria alheia, não se contentava apenas com a sua, os outros também mereciam. Seus pais Dartagnan e Lélia se preocupavam muito com ela por ser filha única, então viram que não era bom decepcioná-la. Com apenas dez aninhos conheceu uma menina que veio morar nas proximidades da sua casa, fizeram amizade e se tornaram grandes amigas. Pediu ela ao seu pai que comprasse um coração de rubi e nele gravasse o nome de sua amiguinha que se chamava Nana. O pedido foi aceito e providenciado e o coraçãozinho foi pendurado na parede do seu quarto. Achou lindo, então resolveu pedir aos pais que providenciasse mais três corações iguais e neles gravasse os nomes dos respectivos donos, Dartagnan, Lélia e Cristina. Pronto, agora seu quarto estava com quatro corações que decoravam o lugar onde dormia.
O tempo passou, Cristina estava sempre alegre e na escola viu que existiam colegas que mereciam a sua atenção e respeito. Os que se destacaram foram Lumah, Aila, Moacir e Jadel, esses ela homenageou com corações de rubi que foram parar na parede do seu quarto. Essa coleção com certeza iria crescer e muito, assim era o seu desejo.
Quando completou 18 anos começou a namorar um rapaz de nome Lucas Louis, imediatamente seu nome foi fazer parte de sua coleção de corações. Daí em diante Cristina começou a selecionar aqueles amigos que realmente mereciam o seu respeito, como foi o caso de Jacó, Elie, Giovânia, Juli e Luna, todos colegas da faculdade. Quem ficou muito alegre com essa homenagem foi o seu avô Ansilgus e sua avó Ecila, eles ficaram emocionados quando viram os corações com seus nomes pendurados na parede do seu quarto. Ela prometeu que não ficaria só nisso, que iria continuar colecionando corações de rubi com os nomes neles escritos.