Companhia
Ele dedilhou umas notas no piano. A moça sorriu e conversou com ele. Não era dele que estava afim. Era do saxofonista. Ele fez a vez de pombo correio e adiantou o lado da moça.
Na porta do bar ele acendeu o cigarro Time, viu o saxofonista se afastar com a moça. Apenas mais uma noite, pensou.
Era uma noite linda e estrelada. Ele foi até o bar e pegou uma garrafa de uísque e um copo.
Era a noite perfeita para se ter uma companhia.
O saxofonista com a moça e ele com a garrafa de uísque.
Cada um com a companhia que merecia.
Wesley Rezende