As Heras do Portão... BVIW
A cada capítulo as iluminuras desabrocham no início das páginas do antigo livro, enquanto as impressões digitais saboreiam este inesquecível encontro; as pontas dos dedos retêm os sons, trinados, aromas e imagens, o narrador personagem* também devaneia dentro da história e embriaga-se, feito Baudelaire, despindo-se e entregando-se às letras...
Há uma encantada sintonia que faz parte deste misterioso conto; quando ele* caminha até o fim da rua e observa o portão de esmaecida madeira. Repleto de heras tecidas por despedidas, ausências e saudades que trincaram àquela xícara de porcelana, esquecida, na última página, equilibrando-se num frágil fio de vida, filigrana d’água, ponte que uni o sonho à realidade.
E assim em invernais tons, a tarde em nuances de gris/azul inspira uma outra história, dentro da história...quem sabe?