Joias

- Barão de Galês, o rei demanda seus adornos como seu suserano.

- Pois bem, avise-o que não lhe darei adorno nenhum. Já basta minha reverência e minha vassalagem.

- Mas, milorde, a demanda por vossas joias é elemento fundamental.

- Meu assistente, saiba que nada aplaca a demanda daquele demônio por poder, riquezas e pedras preciosas. Já basta o que ele tem, já me humilhara o suficiente me obrigando minha prostração.

- Poderemos entrar em guerra em meses caso se conserve esta lógica.

- Que entremos então. Primeiro ele solicita os anéis em meus dedos, depois solicita os meus dedos. Não satisfeito, demandará a mão. O braço só será questão de tempo.

- Não seria mais prudente, por esta lógica, abrir mão de um braço e conservar ao menos o pescoço.

- Tu falas como valesse a pena viver sem este braço.

Gabriel Figueiredo
Enviado por Gabriel Figueiredo em 17/07/2023
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