As diáfanas mãos de Thérèse... BVIW
Manhã chuvosa e fria... O elevador parece não entender seus comandos. Então, depois de alguns minutos resolve subir as escadas até o sexto andar e a cada lance, vencido, dos degraus tem a sensação de estar flutuando, ao invés de sentir-se cansada. Quando, enfim, chega à porta de seu apartamento, de n° 1824, Thérèse tenta por três vezes colocar a chave na fechadura, porém esta não se encaixa...
E ela continua sem entender o que, realmente, está acontecendo; respira fundo, para se acalmar e chega a conferir o número na porta, que está Ok. A família do sexto andar está incompleta, e as lembranças de sua mãe permanecem nos porta-retratos e, principalmente, nas teclas do seu amado piano.
Ao som, distante, da Nona Sinfonia de Beethoven, Thérèse, enquanto é envolvida por uma brisa lilás e uma suave névoa, observa imóvel; suas mãos e braços ficando invisíveis...
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https://www.youtube.com/watch?v=V083NTo8xVI&t=235s
“A Nona Sinfonia foi executada pela primeira vez no dia 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater.”
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