Sr. Pernilongo
Lá estava ele amiúde tentando me contar seus segredos; tantas idas e voltas que até parecia uma dança de acasalamento. Todavia, a sua forma de comunicação é tão, mas tão irritante que é impossível querer dar-lhe atenção, e, felizmente ou infelizmente (tudo vai depender do ponto de vista de cada um dos envolvidos), acaba-se por esbofeteá-lo. Praticamente um prelúdio do que estava por vir.
Por sua vez, ele é extremamente renitente, absorto numa premência incontrolável, continua sua hedônica tentativa em querer compartilhar, como se houvesse qualquer obrigação ao seu afanoso comportamento. Talvez, seu alter-ego esquece-se de se autoanalisar, principalmente sobre o som estridente que adentra o nosso pobre ouvido, sem qualquer consideração.
Então, diante a lamuriosa situação, não há boa educação que possa transigir, e por fim, de forma pertinaz, tenta-se, sem paciência e qualquer tipo de compaixão, exterminar o mensageiro e, se for o caso, o próprio dono do segredo. Sem tergiversar, o tapa foi certeiro. Adeus, Sr. Pernilongo!