Teu corpo
Deitado sobre a cama ele ansiava o corpo. Não era o que tinha, nem o que estava posto à sua frente. Ele buscava alcançar o inalcançável: teu corpo nu, despido de preconceitos, anseios ou qualquer coisa que o fizesse não estar ali.
Encontrou o primeiro na mesa de um bar, decorou os olhos, a boca, as vontades, mas não era o que esperava. Levou para casa, jogou na cama, usou. Abusou e satisfez-se o quanto pôde e quis, depois descartou, porque não era o corpo que ele queria.
Quando chegou em casa, próximo a hora de dormir, fechou os olhos e, ali estava o teu corpo nu, excitado e cheio de vontade. Não havia nada que os impedisse de transar intensamente por toda a noite. O beijo encaixou perfeitamente, os abraços sempre intensos, as vontades sobressaindo de si e o tesão à flor da pele. Tudo fluiu perfeitamente enquanto estava de olhos fechados, mas quando os abriu, percebeu que era apenas a vontade que sempre houve em seu íntimo. A vontade de desvendar cada detalhe do teu corpo.