A menina da janela
Todos ficavam intrigados por que Mariana nunca foi de muita conversa, não tinha muitos amigos e sempre ficava na janela de sua casa a olhar a rua. As pessoas que moravam no bairro ficavam intrigadas com aquela atitude. Não era doente, muito menos mentalmente perturbada. Então por que não saía daquela janela? As pessoas ficavam perguntando umas as outras. E dia após dia ela ficava debruçada sobre a janela.
Por considerarem tal comportamento um tanto quanto esquisito, seus poucos amigos foram afastando-se. Sem amizades, sem despertar o interesse das pessoas ela seguia vivendo sua vida. E, dessa forma, os anos foram passando. As crianças crescendo, os jovens casando, os velhos morrendo. E as cenas repetiam-se as pessoas observando aquela criatura que envelhecia na janela e a criatura observando as pessoas.
Até que um dia todos que passavam diariamente pela rua da menina perceberam uma coisa diferente. Ela na estava na janela! E ao começarem a fomentar hipóteses para tal atitude alguém teve a idéia de bater na casa para saber o que houve. Um grupo de pessoas decidiu ir e ao ser atendido por um empregado da casa, foi informado que a antiga menina havia morrido de solidão.