O VENTO E O SINO
Na margem do rio, o sino contempla a passagem das águas levando todas as coisas.
Araponga, em seu martelar compassado, alerta que o tempo é água corrente,
folhas, ciscos, rabiscos insensíveis.
Um dia todos os sons se juntarão num único sino e romperão a terra, se transformarão em vulcões lançando fogo e lava ou se lançarão pelos ares como trovões e ventos de furacões e tempestades.
E mansamente ressurgirão como corações da humanidade.