Uma luz
Ela tocou meu peito e acariciou.
Tá acordado? Me perguntou.
Respondi que sim. Era a quarta noite que havia adquirido uma nova modalidade. Acordar pela segunda vez na mesma madrugada e demorar a dormir. Mais uma batalha interna, problemas externos e seja lá o que for me aguardava. O jeito era manter- me firme e seguir. Que opção eu tinha?
Ela me abraçou forte, não sabia o que dizer ou fazer. Simplesmente me abraçou e ficou encostada no meu peito. Eu a abracei e fiquei afagando seus cabelos.
Ela dormiu logo. Eu fiquei. Seria um dia pesado, arrastado e lento por conta do sono perdido.
Mas pelo menos ter o corpo dela encostado ao meu, me aquecendo, era uma luz iluminando a escuridão.
Wesley Rezende