Contemplar
Priscila contemplou a tela. Uma lágrima de sangue escorreu pelo seu rosto pálido. Como o seu clã, Priscila era uma amante da arte, em especial a pintura e a música.
Como um hábil pintor barroco se torna restaurador?
Ela perguntou intrigada. O restaurador sorriu. A tela que ele pintou mostrava a vampira nua, a pele branca e olhos vermelhos. Suas mãos seguravam o cadáver jovem, sem sangue, de sua vítima. Olhos de sangue da vampira fitavam o céu trazendo um estranho questionamento. Ela havia captado a paixão e confusão da tela, trazendo sensações esquecidas. Ele lhe disse.
É mais simples do que parece. Há muita obras de qualidade nascendo, enquanto as antigas, as pioneiras, precisam ser conversadas. Devemos isso a elas. Precisamos delas.
Wesley Rezende