COLETÂNEA DE MICROCONTOS (Alguns leitores vão se vê aqui)

Baixou o espírito "cristinez gasparez" e aqui estou plagiando ela com microcontos pondo em evidência leitores que se verão neles. Espero que a confreira não se chateie e leve na "brincadeira contista poética". E vou começar por ela.

 

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CACHORRINHO PERDIDO

 

Estava Cristina indo em direção ao ponto de ônibus, ela vinha do consultório do seu oculista quando se deparou com um lindo cachorrinho perdido, até coleira tinha (o animal, é claro). Olhou ao redor, ninguém por perto. Como gostava muito de animais murmurou: por que levar, por que não levar, levou. Achado não é roubado. O problema agora era conduzir o bichinho no ônibus, não era permitido. Passou em um supermercado e pegou uma sacola de plástico, envolveu o cachorrinho e adentrou o transporte público (levando um animal público). Em dado momento o cãozinho achou de latir sufocado pelo saco (que saco!), foi aí que o motorista interveio: minha senhora, não pode transportar animais nos ônibus! Cristina apelou mas não teve jeito, teve que descer, ainda bem que já estava perto de casa e deu prá ela andar um pedacinho.

 

 

FALTA DE INSPIRAÇÃO

 

Nana andava meio triste, inquieta, já fazia uma semana que não compunha nada, cadê inspiração? Logo ela que leva jeito para escrever boas histórias, verdadeiros romances, alguns de cortar o coração de tanto sofrimento amoroso que eles contém. Apelou para sua alma, que é sua inspiradora, mas ela estava em relax absoluto, não estava para ela nesse dia. Mas não se deu por vencida, ela que escreve desde criança e vê nisso um refúgio, uma necessidade, tratou de forçar a barra, tinha que atender o Moacir que lhe cobra sempre por novos contos, que chega até a ficar impaciente quando entra na escrivaninha dela e não encontra nada além do que já leu. Ele tem até a ideia de lhe fornecer assuntos e desenvolverem um conto em conjunto, uma parceria que pode até dar certo. Mas como a Nana é uma pisciana, signo da água, criatura que é dona de uma personalidade forte, pouco ligada ao mundo concreto e mais determinada no mundo espiritual, tratou de tomar uma chuveirada para refrescar a memória e podem aguardar que vai chover contos aqui no RL.

 

 

EMOÇÕES E SENTIMENTOS

 

Seu nome é Luiza, mas prefere ser chamada de Lumah, gosta de escrever por inspiração e prazer e essa alma sonhadora que possui desde criança lhe rende muitos textos que produz para exercitar a mente, completamente envolvida em emoções e sentimentos. A galera recantista já sabe que em seus escritos pode preparar um lenço que o choro é livre. E aqui vai um texto que Moacir lhe presenteou e que mexeu com esse seu lado emocional:

 

ESQUECIMENTO

Luiza acordou bem cedinho, era uma manhã linda, o sol brilhava como nunca. Tomou um belo banho, sorveu rapidamente o café da manhã e, bem vestida, saiu para trabalhar. Ia em sua mente martelando as duas matérias que ensinava, Matemática e Química, a professora Luiza Manfredi era o xodó dos seus alunos, adorava tanto ensinar na rede estadual que as vezes se sentia a mãe daquela garotada que a respeitava.

Mas Luiza, ou simplesmente Lumah, como era mais conhecida, notou que as ruas estavam quase desertas, poucos carros e ônibus e estranhou essa mudança. Estava tão absorta em outros problemas que nem se ligou que era um domingo e que já estava aposentada, portanto não tinha mais compromisso com essa atividade profissional, esqueceu que era para ficar em casa ou sair para algum lazer.

 

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Quero pedir licença a amiga Cristina Gaspar por estar imitando seu talentoso trabalho literário sem no entanto prejudicá-la nos seus textos. Se não concordar terei o imenso prazer de apagar.

 

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 15/05/2023
Reeditado em 16/05/2023
Código do texto: T7788888
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