O Destino.

- Oi amigo.

- Oi.

- Como você está?

- Levando...

- Hum! Não me parece...

- Eh!..

- Quer conversar?

- Sinto falta!

Onde ficou aquele tempo de sorrir?

Até ontem, quando o amor não tinha despertado, dormir, parecia-me um bom estado dos que pensavam um dia amar...

- De novo?

- Talvez!

- Amigo, eu também sinto falta!

Ainda ontem, deitada para dormir, tendo em mãos velhas cartas escritas pelas mãos, que, outrora acariciaram meu rosto, fez-me chorar...

- Amiga, eu só queria voltar ao tempo, onde a inocência ocultava-se nas brincadeiras, onde a intenção, não ultrapassava um até logo, é, ver-te, trás a superfície, escombros de antigas sensações juvenis...

- Amigo, das antigas sensações revividas, o beijo foi o ápice da minha volta, como poderia esquecer, como afunda-lo na nova vida, é, o destino fortuito, junto com o tempo, nunca deixou esse tempo parar...

- Amiga, por que?

- Amigo,...

- Por que nos afastamos sem querer, o que ganhamos além de tristezas, diga-me por favor, tem que haver algo melhor em tudo isso...

- Não sei ao certo, talvez, a distância de alguma forma sabia, que, esse momento era preciso, as coisas se acertam na separação, ideias são refeitas, com ela, a confusão deste mundo, se acertam no adeus...

- Será?

- Me diz você?

Estamos de volta onde tudo começou, ao nos ver, de certo balançou-nos, há maturidade nos nossos pensar, poesias no olhar, então, diga-me... O por que de estar aqui.

- Em silêncio, ela se aproximou de mim, haviam frases que somente os olhos podem descrever, minhas mãos tocou-lhe o rosto, a respiração pode ser ouvida, e, lábios sedentos, se tocaram como se fosse a primeira vez.

- Há um senhor chamado destino, ele se encarrega de consertar, aparar, mudar os nossos, mas, uma regra dele sempre se faz presente:

Seja qual for a direção tomada, se ele escreveu... Se faz!

Texto: O Destino.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 26/04/2023 às 05:45