O COBERTOR DA REDENÇÃO

Era uma noite escura e fria na pequena vila de Brooksville. Os ventos uivavam e as árvores balançavam sinistramente sob a luz pálida da lua. Maria, uma jovem camponesa, corria pelas ruas vazias, com o coração apertado de medo.

Seu pai havia contraído uma doença misteriosa que o deixava cada vez mais fraco a cada dia. Desesperada, Maria buscava ajuda em todas as igrejas da região, rezando fervorosamente por um milagre. Mas, até aquele momento, seus pedidos pareciam ter caído em ouvidos surdos.

Caminhando em direção à capela da cidade, Maria sentiu uma presença estranha ao seu redor. Uma sensação de paz a envolveu, como se algo divino estivesse guiando seus passos. Ao chegar à capela, ajoelhou-se diante do altar, sua alma nua e em lágrimas.

"Ó Deus misericordioso, peço mais tempo para meu pai. Peço paciência para suportar essa provação e atenção para que ele possa se curar", murmurou Maria em meio a soluços.

Enquanto suas preces ecoavam pelas paredes antigas da capela, Maria imaginava se algum dia, por um instante que fosse, Deus lhe daria um vislumbre de Sua graça. E então, uma voz suave ecoou em sua mente, respondendo às suas súplicas.

"Sim, minha filha. Eu já vos dei um Rei, Cristo Salvador, que sacrificou Sua vida para redimir os pecados do mundo. Não se deixe enganar pela carne, que lhe diz que você é um pecador. Pois o pecado não existe mais para aqueles que compreendem o propósito do sangue do Redentor."

Maria sentiu o peso de suas preocupações se dissipar conforme o Espírito Santo falava em seu coração. Ela compreendeu que a verdadeira redenção estava em buscar a sabedoria e encontrar o reino de Deus dentro de si. Seu cobertor era a fé, a esperança e a certeza de que nunca estaria sozinha em suas aflições.

Levantando-se do chão, Maria sentiu-se revigorada e confiante. Ela sabia que, independentemente do que o futuro reservasse, sua alma estava protegida pelo amor de Deus. E, com esse pensamento reconfortante, ela saiu da capela, pronta para enfrentar os desafios que a vida lhe lançasse, sabendo que nunca estaria desamparada.

Wagne Calixto
Enviado por Wagne Calixto em 26/04/2023
Reeditado em 09/07/2024
Código do texto: T7773821
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