Onisciência
Um homem começava a escrever um conto.
Computador aberto, luzes desligadas, a luz do equipamento apenas existia, iluminando seu rosto.
"Começarei escrevendo o título: onisciência".
Queria ser onisciente. Se o fosse, provavelmente resolveria todos os seus problemas e contemplaria tudo que lhe fizesse bem. Por não ser onisciente, sentia-se mal. Apenas se fosse poderia se sentir bem, sabendo realmente o que lhe afligia.
Desligou o computador, não escreveu mais nada: deitou-se em sua cama por se sentir mal com isso.