Confesiones de una juíza sudamericana

Nas várias ocasiones em que comprei sentencias judiciales eu ainda era uma simples advogada criminalista em início de carrera. Quem as vendia era um juiz muy amigo lá de casa e mi primera sentencia comprada beneficiou um traficante de drogas, especialmente da blanquita, fornecedor a mi familia e muchos amigos da ordem dos advogados daqui.

Naquela época eu nem sonhava que algún día marcaria presença na nossa Corte Suprema, não como advogada de defesa de alguma organización criminal, mas para julgar con mis colegas diversos processos que poderiam amenazar nuestra Constitución. Sempre defenderei com unhas e dentes o Estado de Direito, ah, ah, ah, ah.

Desde entonces, nunca mais comprei qualquer sentença judicial, claro. Passei a vendê-las porque o lucro nessa transacción é astronômico (pergunte a qualquer juiz amigo seu quanta plata isso rende) e nem se corre tanto risco assim porque nuestro Judiciário está todo dominado, assim como o Legislativo. E com nuestro amado compañero na presidência da república entonces nem preciso decir nada, não é?

Bem, na Suprema nosostros también juzgamos ainda muitos pedidos de habeas corpus, alguns deles para antigos clientes meus. Cheguei aqui por indicação do compañero presidente, que desprezou a lista tríplice sugerida pelo Congresso porque sabia da minha desenvoltura en el mundo del crimen, ah, ah, ah, ah. Siempre tuvo libre tráfico entre los jefes de los cárteles locales de tráfico de drogas y armas, una actividad muy importante para la economía de nuestro pobrecito país.

Por enquanto está entrando mucha plata nas minhas contas aqui e no exterior, movimentadas através de diversos laranjas extremamente fieis (porque sabem que fim terão si se pone en duda su fidelidad), entonces ainda não estou pensando em deixar a Suprema definitivamente para me candidatar a presidenta da república.

Elecciones que eu facilmente venceria, mas o compañero presidente ainda quer desgovernar (brincadeirinha minha, ah, ah, ah, ah) o país por un tiempo más, antes de me indicar para o cargo no futuro. Isso se eu quiser, como él me habló mas de una vez.

Penso deixar as coisas assim por ora: nuestros enprendedores ainda precisam muito da minha ajuda e da de meus colegas ministros aqui na Suprema. Estaremos listos siempre que a justiça dos EUA e a de alguns países europeus tentar meter la nariz nos negócios internacionales de nossos cartéis, nosso empresariado, ah, ah, ah, ah.

Mas almejo sim, um dia, ser presidenta vitalícia da Suprema, posto que poderia obter facilmente com a ajuda de diversos parlamentares (a maioria, na verdade) do Congresso Nacional que todo mês recebem um kit de drogas variadas, uma espécie assim de mensalón, presente dos nossos amigos produtores da blanquita e outras divertidas substâncias para injetar, engolir, fumar ou cheirar.

Uau, chicos! Esto es verdaderamente el Cielo en la Tierra!

Ah, ah, ah, ah, ah...