O corredor
Ainda era uma hora da madrugada e João tinha acordado. Estava deitado em sua cama, não sabia se permanecia deitado ou enfrentava o corredo. Só de pensar em abrir a porta e ficar frente a frente para o corredor, seu rosto começava a suar, mesmo assim toma coragem e abre a porta.
Começa a caminhar em direção ao banheiro, seu único objetivo é manter o foco , sem olhar para os lados nem para trás, mas a curiosidade é mais forte que ele, assim que seus olhos viram o quadro que antes era um urso simétrico, se torna um monstro com tantos dentes na boca que nem dá contar, o desespero toma conta de João, antes a cor de sua pele era parda e agora está mais branco que um papel, ele já tinha suado tanto que o seu pijama listrado estava todo encharcado, mass mesmo assim o medo não iria vencê-lo, parecia que quanto mais ele andava, o corredor ficava mais estreito, ou será que as paredes estão se fechando?
Cada vez que ele corria, o banheiro ficava mais longe, parece que o corredor não tem mais fim, de repente começa a aparecer mãos por toda a partee, como se elas quisessem prendê-lo dentro da pared, e o que antes era medo, agora se tornou um desespero, os olhos ficam esbugalhados, é inútil tentar correr, as mãos o impedem de sair do lugar, já não é mais possível conter os gritos de pavor.
--João! João! acorde ! você está tendo um pesadelo.
Quando João abre os olhos, a primeira coisa que ele vê é a sua mãe com vestido cinza e o cabelo preso, com cheiro de lavanda. Ainda atordoado ele pergunta:
--Como eu consegui voltar para o quarto? Onde está aquele urso? e aquelas mãos enormes que queriam me pegar?
-- O que você está falando? você não saiu do seu quarto, você teve um pesadelo, meu filho! venha tomar seu café da manhã.
-- Tudo bem mãe, já vou.
-- Sua mãe dá um beijo em sua testa, se levanta e vai em direção à cozinha, quando ouve a voz de João:
--Um dia desses eu morro com estes pesadelos.
( Conto escrito por minha aluna do 2ºC do ensino médio de uma escola estadual em São Bernardo do Campo)
Vale a pena motivar estes jovens para escrever.