A carta empoeirada
A carta empoeirada
A carta fechada que ficava na escrivaninha de sobre alguns papéis, estava empoeirada e cheia de traças que desguatava o alimento servido pelo tempo esquecido, nela via o endereçada para mim, de um outra época que era um outro Thiago que havia escrito, não me recordava e até o traço da letra estava diferente.
Naquele momento tirei a poeira sobre ela com um sopro e abri para ver o conteúdo que talvez eu tinha esquecido, vou levando devagar e percebendo o quanto tinha imaginado um outra vida, talvez pelo sonhos que nela possuía, não tinha nenhum banal, entre eles, ao ler me deleite de ver o quanto eu ainda estava imaturo e sonhava com tanto talento, que não poderia imaginar.
E sabe o que impressionou foram os respingo de lágrimas no canto da carta e em seu meio, olha como as marcas numa página simples ficaram marcada, e hoje eu novamente me debulhei as lágrimas por ter conquistado cada uma deles, e novamente marquei aquelas folha de papel com a alegria de um choro de realização.
Se pudesse retribuir todas as palavras que estavam escrita aquele Thiago, eu diria que suas lutas não foram em vão, que suas noites mal dormindas, foram essenciais, que seu desânimo passageiro só o fortaleceu, e dizer ao nobre que sua poesia o levou longe e sua vontade de sonhar continuar, mais muito foram concretizados e que sinto orgulho, daquele menino que outrora foi.
Tinha um pequena podia que dizia assim.
Sonhei de olhos abertos
Com esses olhos
Mergulhei no choro
Em noites perdidas
Eu escreverei
Nas linhas os versos
De minha vida
Para ressaltem minha luta
Nesta labuta
Eu vencerei
Acredite em si
Não duvide de mim
Quando cair
Faça-lhe o favor de levantar-te
Enxugar-lhe as lágrimas
E caminhar no cansaço
A caminhada longa
Não olhe para trás
A janela do retrovisor
Da existência é pequena
Mais amplitude do faróis
Serão maiores
Para iluminar teu talento
E no presente
Que se faz o futuro
Escrevendo e descrevendo
Vai vivendo...
Vai plantando...
Que teus sonhos
Vai ser realizando.
Thiago Sotthero