Abra-te em livros...
Sarah regressara de Brasília, a capital de nosso país. E, um pacote lustroso com aparência retangular estava pousado bem em cima da criado mudo do quarto. Logo, perguntou a sua mãe: - O que é isto? Sua mãe com voz rouca e generosa, respondeu-lhe: - Ah, chegou para você dois dias depois que você viajou para a casa de sua tia... E, aí... ganhando presentes, heim!... Quem sabe será de um admirador secreto... Sarah franziu a testa e, retrucou: - Mãe, nada disso... Depois eu abro... Vou tomar um banho, pois tenho a impressão o barro daquele lugar grudou em mim... Depois de uma vigorosa ducha. Sarah procurava feliz por um pijama velhinho, porém, muito confortável. E, ao sentar na cama, seus olhos azuis foram atraídos magicamente para aquele pacote. Doravante a lhe desafiar a curiosidade. E, foi abrindo devagar... e, com cuidado. pois tinha a mania esquisita de guardar os papéis de presente...ah... que coisa mais antiga. Desembrulhou delicadamente e, finalmente, descobriu que era um livro de contos, intitulado "Contos da saudade", do autor William Smith. O nome do autor era um pseudônimo. E, abriu a capa e, foi logo para o interior, onde jazia a dedicatória: "Para única mulher que me fez sentir humano e amado. Com saudades. Smith". Suspirou, profundamente, se esticou na cama com todos os ossos do corpo e, relaxou e, então, o sono lhe visitou com a parcimônia das fadas. E, apaziguou aquele coração resoluto de quem desistira de se casar faltando apenas quinze dias. Apenas porque descobrira que amava mais a liberdade do que ao noivo. Essa descoberta (e tantas outras) abria-se mesmo num precioso enredo de um livro.