Ambi com aroma de poesia... BVIW

 

Noite de verão... Em alguns minutos Ambi entrará no palco, compartilhando-o com a instigante presença de luz e sombra - ambiguidade em cena - um candelabro com sete velas e uma poltrona azul. Atenta se observa no espelho; cabelos longos, ruivos, em um sensual desalinho e repassa o batom magenta, doce e macia sedução.

 

Antes de iniciar cada apresentação ela para e senti a energia dos objetos, dos silêncios e das mensagens escritas em encantadas entrelinhas que eles sugerem... Introspectiva respira devagar, como se acariciasse a memória de suas falas, seu gestos e o decote e mangas de seu vestido de seda lilás... Hoje, Dia da Poesia, nessa performance em especial recitará Quintana: “O poema, essa estranha máscara mais verdadeira do que a própria face.”

 

Ambi teve seu nome inspirado na ambiguidade: possíveis e misteriosas interpretações que as palavras, sons, imagens, aromas; ou sonhos possam inspirar... Enquanto, dilui-se o tempo em gotas de poesia... O espetáculo inicia... numa proposital rima, talvez?