UMA ROSA PARA RISOLETA
Microconto
Ela era elegante, bem social, não dava bola prá ninguém. Saía cedo para o trabalho numa repartição pública, morava num prédio antigo no centro da cidade, bem próximo do também prédio antigo onde eu morava. Tomávamos o mesmo ônibus, nunca nos falamos, mas sabia o nome dela: Risoleta. Eu saltava uma parada depois da dela.
Certo dia fui resolver um problema numa repartição pública. Antes de entrar encontrei uma linda rosa sobre um banco (alguém deve tê-la deixado ali). Peguei-a e entrei com aquela rosa na mão. Quem me atendeu? Risoleta, que ostentava um belo sorriso. Ao sair deixei a rosa com ela, que agradeceu.