Bahia, década de setenta. Um casal hippie uniu-se em matrimônio informal. Não havia cartório. Não havia igreja. As bençãos vinham do amor que sentiam um pelo outro. Mas, um dia tudo chegou ao fim. E, só restaram os quarenta e sete centímetros referente ao comprimento do braço direito da estátua de Jesus Cristo, Senhor do Bonfim. A famosa "medida do Bonfim". Um cordão para se pendurar medalhas e santinhos. O amor durou exatamente quatro anos e sete meses. Será um estigma? Enfim, tinha que se guardar as sobras, sombras e marcas do amor e, a aliança... que deveria ser derretida, como aliás, fora o amor... O término foi discreto e suave. Sem choro nem vela. O amado saiu com a leve impressão de que já fora tarde ... Mas, levava encravado no peito a saudade dos bons momentos vividos. Trocando em miúdos, em romances que findam e, outros que começam, a solidão se sofistica e, aprendemos a nos suportar em meio ao deserto de almas. Sem alarde, mas com alguma identidade.