Predadores e Presas...
Predadores e Presas...
Sentado na varando do consultório veterinário, um homem, aguarda a esposa e o seu cachorro. puxou seu celular, e, começou a escrever um texto, que, somente à ele fazia sentido, passavam pessoas de um lado para o outro, carros, com e sem pressa alguma, mas, neste vai e vem de veículos, uma moto e dois rapazes estavam inquietos. Passou para um lado, retornou, e, fez esta dança algumas vezes até resolver parar.
- Bom dia.
- Bom dia.
- O senhor pode me informar como chego no Bonfim?
- Siga a pista direto.
No momento em que o rapaz perguntou sobre o Bonfim, o senhor já tinha percebido o intuito, era assalto! Levantou, para melhor orientar-los, ficando a um palmo de distancia do questionador, e, visando o condutor. Quando...
- Perdeu.
- O que?
- Me passe o celular.
- Ok, calma.
O senhor virou-se para pegar o celular, ficando numa posição o suficiente para por o pé na frente e puxando o meliante derrubando-o, e, batendo com força a cabeça do mesmo, contra o batente da varanda. O ladrão soltou um grunhido e a arma, nesse ínterim o senhor continuou com as mãos bater a cabeça dele contra o chão. As pessoas que passavam, pararam, os cliente da veterinária, todos, estavam assustados com a tamanha violência empregada pelo senhor, a esposa, que, pedia a ele que parasse de bater no rapaz, o senhor calmo, olhou para ela, e, com sorriso, continuou a bater ainda mais forte como se sentisse prazer em fazê-lo, voltando seu olhar, buscou o condutor, o mesmo ja havia deixado o local.
Quando parou, o rosto do indivíduo estava irreconhecível, vermelho do sangue que jorrava, o senhor então levantou, com o olhar deliciava-se com a cena, sua esposa naquele momento desconhecia aquele homem, lembrou de um tempo em que ele tinha esfaqueado uma garrafa de Pepsi-Cola por não conseguir abri-la, deixando-a com medo, "este era um lado que ela não queria ter que rever" ele ainda com a mesma calma de antes, sentou-se na varanda, as mãos ensanguentada pegou o segundo sonho, pondo-se a comer devagar enquanto bebia seu refrigerante. Olhos revoltados, olhos a favor, olhos, tentando recobrar-se da cena vista, todos os fitavam. A polícia chegou perguntando sobre a situação, todos sem pestanejar, apontaram em direção ao senhor, que, se mantinha sentado, com a calma de uma brisa marítima, terminando de comer seu sonho...
- Foi você?
O senhor parou de mastigar, olhou o policial, respondendo:
- Foi! Ele pediu meu celular, então, dei-lhe o que merecia, com exceção do celular claro...
- Vamos a delegacia esclarecer o fato. Chamem uma ambulância para este indivíduo, enquanto levo este senhor até a delegacia.
- Ok
Continua...
Texto: Predadores e Presas...
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 17/11/2022 às 19:10