Luciana era o tipo de mulher que chamava atenção dos homens onde fosse. Morena, pele bonita, feminina, vestia-se com esmero. Morava sozinha num pequeno duplex e acreditava muito em destino. - Lu, voce ainda acredita em principes! - dizia sua amiga Clara. E ela sorria, com um olhar sonhador.
Uma tarde, passando pela cidade, viu um cartaz de um curso de meditação e teve aquele impulso imediato de participar e se inscreveu. No dia marcado, lá estava ela, num hotel muito bonito. O instrutor, Gustavo, chegou iluminando o ambiente, pois, tinha um encanto especial nas palavras que pareciam entrar no coração da platéia.
No intervalo, foi oferecido a cada um dos participantes um biscoitinho; Luciana serviu-se de um café e degustou-o com vontade, andando pelo hall lindo e bem decorado. Recomeçou, então, a segunda parte do curso, e Gustavo começou a perguntar qual a mensagem que haviam tirado de dentro do biscoito para que pudessem comentá-las. Luciana, que nunca havia comido um daqueles antes, percebeu que havia engolido a tal mensagem, e, com humor , relatou o acontecido; foi um riso geral na sala e ele achou um jeito de encaixar a historia dela no contexto.
No ultimo dia do curso, chamou-a e disse que havia guardado uma mensagem para ela mas que devia ser lida e não comida. Riram juntos e sentiram uma certa mágica nascendo entre eles. Luciana se despediu, e mal entrou no carro, abriu o papel dobradinho: “Rir-se um com o outro é a maior sintonia de amor" e, embaixo, um numero de telefone. Sorriu para si mesma e ligou para Clara para contar que, talvez, tivesse encontrado seu principe encantado.
Tema: O papel dobrado