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Luciana era o tipo de mulher que chamava atenção dos homens onde fosse. Morena,  pele bonita, feminina, vestia-se com esmero.  Morava sozinha num pequeno duplex  e acreditava muito em destino. - Lu, voce ainda acredita em principes! - dizia sua amiga Clara.  E ela sorria, com um olhar sonhador.

Uma tarde,  passando pela cidade, viu um cartaz de um curso de meditação e teve aquele impulso imediato de participar e se inscreveu.  No dia marcado, lá estava ela,  num hotel muito bonito. O instrutor, Gustavo,  chegou iluminando o ambiente, pois, tinha um encanto especial nas palavras que pareciam entrar no coração da platéia.


No intervalo,  foi oferecido a cada  um dos participantes um biscoitinho;  Luciana serviu-se de um café e degustou-o com vontade, andando pelo hall lindo e bem decorado. Recomeçou, então, a segunda parte do curso, e Gustavo começou a perguntar  qual a mensagem que haviam tirado de dentro do biscoito para que pudessem comentá-las.  Luciana, que nunca havia comido um daqueles antes,  percebeu que  havia engolido a tal mensagem, e, com humor , relatou o acontecido; foi um riso geral na sala e ele achou um jeito de encaixar a historia dela no contexto. 


No ultimo dia do curso,  chamou-a e disse que havia guardado uma mensagem  para ela mas que devia ser lida e não comida. Riram juntos e sentiram  uma  certa mágica nascendo entre eles. Luciana se despediu, e mal entrou no carro, abriu o papel dobradinho:  “Rir-se um com o outro é a maior sintonia de amor" e, embaixo, um numero de telefone.  Sorriu para si mesma e ligou para Clara para contar que, talvez, tivesse encontrado seu principe encantado.

 

 

Tema: O papel dobrado

 

 

Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 15/11/2022
Código do texto: T7650457
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