“Secos & Molhados”  - BVIW

 

As letras e cores das imagens deste conto são em nuances de tons de sépia... Estamos na década de 50; de manhã cedinho, D. Beth abre as três portas do seu estabelecimento comercial, herança de família. Logo acima da porta do meio está escrito: “Armazém de Secos & Molhados” - 1952.

 

A construção de alvenaria apresenta o piso com tábuas largas, um balcão, algumas prateleiras, repletas de utensílios domésticos, litros de azeites, bebidas, carne seca e também objetos de uso na lavoura, a maioria dos produtos são de origem artesanal. Há uma atmosfera de aconchego nos aromas, principalmente, das sacas de café em grãos, colocadas próximas às paredes. Dona Beth têm dois ajudantes: um sobrinho chamado Lucas e um senhor de uns  cinquenta anos, ‘Seu’ Brazilino.

 

Hoje à tarde ela receberá a ‘visita’ de tropeiros que trarão, curiosas, novidades e produtos. Betinha, com alguns a chamam, recebe a todos com um sorriso, ela veste um avental azul - claro e faz parte da sua rotina guardar no bolso do avental, as listas de compras dos fregueses, escritas na folha de papel dobrado, e fica a imaginar que em cada folha há traços, rabiscos da história de vida de cada um...