______________Copo Lagoinha
Nélida balançou a cabeleira castanha, fez um charme, sorriu para Xande. Ela sabia o poder de sedução que tinha sobre ele. Aproveitou o clima descontraído do momento e convidou:
— Vamos conhecer o Copo Lagoinha? Você prometeu!
Xande a abraçou, aconchegando-a no peito.
— Curiosa, hein? Pois vamos ao Bar Zinho. Lá você mesma vai poder pegar sua Heineken, retirar o Lagoinha no painel da parede e se servir.
Nélida se divertia com Xande. Ele sempre tinha uma novidade como aquela coisa do Lagoinha, copo tradicional de BH, desde 1947, ideal para uma cerveja, sucesso até no exterior.
Ao fim da noite, fazendo cantar as bordas do Lagoinha, eles brindaram com uma última loira gelada. Xande se empolgou:
— Casa comigo? Eu lhe dou um Lagoinha de presente.
Nélida achou graça, mas não fechou negócio.
— Vou ter que pensar.
— Você não me ama?
— Hum... Gosto de você, mas se eu disser que é amor, é mentira... Que charme esse Lagoinha, hein? Amanhã a gente volta?
Tema da semana: Se eu disser que é amor (conto)