Você entra numa loja de conveniências, esperando precisar de alguma coisa… que convenha a te dar… alguma… “obsessão”, que você chama… “Coleção”. Você se ofende com TUDO que dizem a você. Você é um idiota, e está sempre puto, puto, puto… Babaca. Só porque anseia estar sempre lutando e vencendo… você quer sempre estar discutindo.
Você engravida mulheres e faz filhos por toda parte. Só pra se sentir “dono”… de alguém. E no final das contas eles mal sabem direito quem você é. Você se deita com muito mais mulheres do que realmente está a fim de deitar; só pra poder se sentir ainda mais e mais e mais “Homem”. Você é uma assombração vagando pelas ruas da cidade atrás de um palanque.
E até mesmo na morte, você se ostenta. Cruzes, santos, o melhor hospital, frases de desespero, o cemitério mais caro, o terno, a qualidade da madeira do caixão, numa lápide gigantesca. Exagerada como você. (…) Até definhando você tenta chamar atenção de todo mundo… TODA ATENÇÃO DO MUNDO… Pra si. Mas… (…) Nada funciona… Ninguém lhe via em vida, ninguém se importa em morte; sua alma vagando pelas ruas da cidade… confusa… assustada… idiota… infeliz.