Doce Perfume.
Doce perfume.
- Boa noite.
- Boa...
- Rocha, o que faz por estas bandas?
- Soube de uma lenda... Por esse motivo, vim até aqui!..
- Ah! Boa expedição então, ha algo que eu possa fazer ou ajudar?
- No momento não! Mas, se houver te aciono. Abraços.
Após despedir-me, entrei no táxi em direção à Niterói, enquanto percorria a estrada, coloquei meus olhos no pergaminho o qual um amigo e historiador me ofertou. As escritas eram datadas de 2022, mês do cão, no horóscopo Chinês...
- Chegamos, disse o taxista.
Paguei a corrida...
- Aqui. Fica com o troco...
Ele agradeceu, mais, antes de partir disse-me:
- Tome cuidado, esta área não é segura. Ligou o carro e se foi...
Então.
- O que ele quer, me assustar!
Adentrei uma velha pousada, mais parecia com uma cabana de mendigos feito na praça principal. Ao me apresentar e adquirir um quarto, fui descansar afinal começaria a aventura logo no final da madrugada. 05:30 da manhã, peguei meu material e sai em direção ao Parque da Cidade encontrar uma velha conhecida, lá, ela me direcionou ao Costão de Itacoatiara.
Segui por uma trilha pedregosa e escorregadia, muitas vezes com vegetação fechada, onde nem o sol ousaria penetrar, ao fim da caminhada avistei três pedras simetricamente alocada no terreno fértil, em forma de pétalas, a clareira era sutilmente visível. Cheguei mais perto para melhor estudar, tinham em cada uma a seguinte escrição:
"Baú das Lembranças"
"Recomeço"
"Adeus em Silêncio"
Sentei-me em baixo de uma árvore, era noite e a "Lua" se mostrava "Nua", comecei a decifrar tais mensagens, então, percebi que, os dizeres não eram mensagens e sim títulos de poesias em nome de algo maior. Peguei um velho caderno onde meu avô anotavas suas aventuras e descobertas e procurei pelos títulos...
- Eureka, meu avô e F@#&...
Meu avô, assim como eu, era aventureiro, designer e arqueólogo, todas as suas descobertas, transcrevia naquele pequeno diário, que, continha as seguintes instruções:
Do pequeno recanto,
Onde as letras,
Cantam e bailam pra ti,
Entre o nascer do sol e sorrir da lua.
Pelos cantos desta imensa clareira,
Encontra-se poemas e poesias,
Recôndito no ser mulher,
Feita para perfumar minhas noites,
Uma vez que à conheci,
Mas, novamente me perdi,
Entre a razão irracional de vasculhar sua escrivaninha.
Nota:
"Vasculhando o baú das lembranças, acreditei que o recomeço, jamais deixaria-me te dizer um adeus em silêncio."
Neste pequeno trecho, em seu Acróstico, o nome se apresentava "Doce" como seu olhar, e, de um "Perfume" que só as Ninfas são capazes de compor...
Agradeço a escritora pela visita e consequentemente pelo comentário, tomei a ousadia de usar títulos seus para compor este texto. Abraços.
Texto: Doce Perfume.
Autor: Osvaldo Rocha
Data: 12/10/2022 20:30 hrs.