O TAPETE DO BREU (I)

O pensamento é mais antigo que os nossos antepassados.

Somos alheios.

Não somos um ser.

Somos os seres.

O pensamento não morre, viverá!

O pensamento não precisa de olhos, só precisa do espaço.

O pensamento pensa.

Nós satisfazemos a vontade do pensamento.

A carne é a escultura do pensamento.

As rochas.

As rochas são filhas de uma explosão que aconteceu no tempo.

O tempo era sozinho.

O tempo era um breu só.

Era tão frio que explodiu e pegou fogo.

Assim, deu origem as cinzas.

Em seguida originaram-se as rochas e os planetas que estão pendurados.

O vento estabilizou.

As demais rochas caíram e formaram o tapete do breu.

É para lá que vamos, quando fechamos os olhos aqui na terra.

Onde estou... onde estou?

Que lugar é este?

Cadê a lua e as estrelas?

Aqui é o tapete do breu.

Tem toda espécie de vida.

Este tapete não tem início nem fim.

Só o breu da escuridão é a sua companhia.

É onde o pensamento vem repousar.

Vamos dar uma volta, para eu apresentar o tapete do breu.

Janiel Martins
Enviado por Janiel Martins em 25/09/2022
Código do texto: T7613789
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