O sapeca Puman
Os dias foram passando e o filhotinho mostrou que era muito sapeca.
Não podia ser diferente, pois era um cachorro da raça Springer Spaniol e ganhou um lar coberto de carinho onde podia se espraiar nas suas brincadeiras.
Na casa dos Robinsons a vida mudou desde aquela feira de adoção quando Henry, o único filho, resolveu adotar o cãozinho. Deu a ele o nome de Puman e, juntos, criaram uma cumplicidade humano-canina invejável.
Henry, sabiamente sabendo do apego também dos pais ao Pumam, por inúmeras vezes livrou-se de suas sapequices colocando a culpa no parceiro, já que era a sua marca registrada.
Certa vez, atribuiu a Puman a quebra de um vaso grego que ornava o aparador de entrada da sua casa.
A mãe, furiosa, quando viu o vaso quebrado bradou: Puman, eu queria que você entendesse o estrago que fez! Esse vaso eu herdei da minha bisavó! Pulman saiu da casa de cabeça baixa e, pela primeira vez, resistiu em dormir no quarto de Henry. Estava cansado de dividir a culpa de tudo.
Rosalva
19/09/2022