A Flor de Vidro.

A Flor de Vidro.

Num desses episódios da minha vida, por entre uma expedição e outra, em terras jamais exploradas, nossa delegação, procurava as torres de uma cidadela antiga...

Dos papiros que tive em mãos, uns revelavam o ponto X do lugar, outros, falavam de uma maldição, porém, um, relatava um paradoxo indecifrável...

O ano era 1990, ali, sentado na cabana montada ao relento, estudando e decifrando os pergaminhos escritos com sangue, percebi uma singularidade nas informações contidas no documento. Pelas coordenadas, estavamos sentado bem no meio da descoberta, coincidência ou força, nunca saberei, então, demos início as escavações...

Mês de Janeiro, ou, mês do escaravelho no calendário lunar daquela civilização. Havia se passado um ano, estávamos com as torres pela metade aparente, e, apenas uma rachadura era a passagem para adentrar tal monumento. Resolvemos que, iriamos adentrar no dia seguinte, após o término da reunião, chovia forte, relâmpagos iluminaram, trovões e raios cortavam o céu... Era noite, e, nossos candeeiros foram ceifados do calor.

Esperamos pelo dia, pois, não saberíamos o que nos esperava lá dentro... Já se passava das 05:30 da manhã, juntamos apetrechos como cordas e ganchos a ser utilizado neste avanço... Entramos... As paredes frias em mármores negro continham joias por todo corredor.

Rubis na ala leste, Safiras ao norte, Turmalinas a oeste e Esmeralda ao sul, na junção de todos, ao centro,

uma Rosa de Vidro, seguimos para leste, acaso ou não, a esmeralda refletia a cor do meu olhar, deparamos com uma sala, nela uma esquive com a seguinte inscriçao:

"Abandone as esperanças, todos aqueles, que, sem amor viveu... Para quem o conheceu, a morte, escreveu seu destino..."

Fiquei a observar a esquife, além das inscrições, continha imagens com significados, no mínimo, perturbador...

Eram: "Suicídios," "Amor Marginal," "Aborto," entre outros... Foi quando fiquei estático, uma dessas imagens, revelará a face da rosa... "Era só uma Menina."

Pensei em partir, mas, o sangue é forte e a curiosidade ainda mais, chamei os outros para abrir o jazigo, afim de revelar o conteúdo dentro, após vários esforços, forças além do limite humano, conseguimos empurrar... Puft! Abrimos.

Poeira misturou-se ao cheiro de pétalas, um aroma conhecido a tantos, desconhecidos para aqueles que nunca lêram...

Cheguei o mais próximo que pude, projetei o corpo para frente, e, olhei, o que vi foi surpreendente...

Naquela tumba, dentro do sarcófago, treze textos escritos em um "Recanto", por onde "Letras", mostravam a beleza poética dessa escritora paulista, veio então na mente, a noite anterior a invasão, em que, os relâmpagos clarearam o local onde cotinha uma placa. Por alguns minutos, forçando a lembrança, surgiu o nome... SUZANO.

De volta à minha biblioteca, relembrando essa aventura, entre livros e papéis, notei que num dos antigos livros, continha as mesmas visões relatadas... O ano se datava de 2022...

Texto: A Flor de Vidro.

Autor: Osvaldo Rocha

Data: 07/09/2022

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 08/09/2022
Código do texto: T7600933
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