O SEGREDO DE LENY

Aquele jeito extravagante de Leny me deixava perplexo, eu imaginava mil coisas a respeito dela. Tinha um corpo sensual, era bonita, falante, era enfim uma garota que reunia todos os requisitos para conquistar qualquer rapaz. Mas isso não acontecia e eu ficava impressionado com esse fato, por que Leny não tinha namorado? Era uma pergunta que eu mesmo me fazia. Brincalhona, gostava de tirar onda comigo, que era seu cunhado, pois namorava a sua irmã Leda, bem mais nova que ela. Me desafiava a ser machão, mostrar que era o tal, sentava no meu colo quando eu estava desprevenido, Leda só fazia rir, era bobinha, nem chegava aos pés da Irmã em comportamento, completamente o seu oposto, o que me agradava. Namorávamos há pouco tempo, pouco mais de seis meses, mas era aquele tipo de namoro sem muito compromisso, às vezes eu faltava ao encontro, saía com os amigos, paquerava outras garotas, isso no auge dos meus dezesseis para dezessete anos.  Ela tinha a mesma faixa de idade minha, já Leda tinha acabado de completar 21 anos. Era autoritária, dominava todos da casa, inclusive a mãe e um outro irmão menor. Sua mãe era separada do marido, que fôra morar com outra mulher por conta de uma traição que não foi perdoada. Trabalhava e ajudava na manutenção da casa.

   Algum tempo se passou e eu completei dezoito anos, ocasião em que consegui meu primeiro emprego. Era encarregado de materiais em uma loja de produtos de beleza e higiene pessoal. Meu namoro com Leda estava firme, saíamos para festinhas em clubes, eventos, aniversários e praia, íamos de vento em popa. Certo dia marcamos para passar um final de semana em um privê em Gravatá, interior de Pernambuco. Lá o clima é muito frio e tínhamos que levar agasalhos. Fretamos um carro grande e fomos num sábado logo cedo e voltaríamos no domingo a noite. Foi tudo uma maravilha, levamos alimentos e bebidas para aproveitarmos o máximo. Ao todo foram cinco pessoas, eu, Leda, Leny, Lauro, o irmão mais novo delas, e d. Suely, a mãe. Tomamos uma cervejinha com churrasco, banho de piscina e ouvimos músicas da época. À tarde fomos explorar a localidade onde existia uma mata com trilhas. Estávamos tão empolgados que nos perdemos, ficamos sem saber que caminho tomar. Acertamos para nos dividirmos em dois grupos, eu com Leda e Leny com o irmão mais novo, a mãe tinha ficado no privê. E cadê achar o caminho? A tarde já estava indo embora e a gente querendo voltar sem achar o caminho certo, até que enfim localizamos o local onde estávamos hospedados, mas a Leny não estava, só encontramos o menino Lauro, que disse ter Leny saído em nossa procura. Sozinho resolvi voltar para procurar a irmã de Leda, que devia estar perdida na mata. Fui com todo cuidado marcando visualmente o caminho percorrido. Alguns minutos depois a localizei, ela estava sentada em uma pedra e acenando para mim. Tinha um pequeno ferimento na perna, mas coisa sem gravidade. Tomei sua mão e pedi para que voltássemos, pois logo logo iria anoitecer. Num ímpeto que achei estranho ela me abraçou, uma ação que me surpreendeu. Afagou meus cabelos e pediu que a beijasse. Eu ainda estava sob o efeito de bebida e ela também, fiquei sem saber como proceder, porém ela se adiantou e me beijou. Não quiz desapontá-la e deixei que desse vazão ao seu sentimento, mesmo sendo uma ação anormal. Não pude evitar aquele momento tão especial da parte dela e me deixei entrar na sua onda. Ela queria mais, queria ser possuída por mim e ali mesmo, quando já não agüentávamos mais, eu a penetrei com todo gosto e gozamos intensamente. Foi um final de tarde que jamais esqueci. Já era noite quando chegamos no privê e ela me pediu segredo, eu não devia contar nada para ninguém, o que aconteceu ficaria somente entre nós dois e assim foi feito.

   Na manhã do domingo nos comportamos como se nada tivesse acontecido, tomamos banho de piscina, bebemos mais um pouco, mas tive que encarar os olhares maliciosos de Leny. Ela estava a fim mesmo e eu com medo que Leda desconfiasse. Em dado momento fui até a sala pegar cerveja, ela discretamente me seguiu e me agarrou. Fomos até o primeiro andar, da janela dava para ver o movimento lá embaixo, aproveitamos e demos uma rapidinha, foi o jeito, a mulher parecia uma tarada. Leny até me confessou que já era mulher e que tinha transado com um coroa casado. Fiquei pasmo, mas fazer o que? Descemos bem tranqüilos e continuamos a farra. A noite retornamos para casa.

Ficamos nessa situação, eu namorando com Leda e transando às escondidas com a irmã dela. Quando tínhamos oportunidade, em ocasiões quando eu chegava lá e só estava Leny, ela queria sexo e ai de mim se não obedecesse a cunhada, mas no fundo, com toda sinceridade, eu estava gostando. Essa situação durou algum tempo, até que certo dia Leda desconfiou da própria irmã, só que não tinha certeza, pois nós negamos veementemente. Com o desgaste do namoro a gente acabou o relacionamento, elas depois se mudaram e eu nunca mais as vi.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 25/06/2022
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