AS TRÊS DAMAS

 

Em um pequeno vilarejo, do interior francês, chamado Lille, as irmãs Louise e Marie viviam em condições precárias, como todos os moradores da região, que eram muito pobres. O povo, farto de tanto descaso por parte do governo central, estava se preparando para uma grande manifestação em busca de condições dignas de viver. Eles haviam tentado diálogo com a capital; porém, não obtiveram sucesso. Iriam partir para a violência. As irmãs, logo, perceberam que isso seria uma batalha perdida para Lille.

As garotas estavam aflitas com o que iria acontecer, tentavam arrumar maneiras de impedir que uma tragédia acontecesse. Sabiam que seria impossível duas mulheres controlarem tamanha fúria popular. Pensaram em desistir, mas foram positivas e acreditaram, mesmo que, ingenuamente, que poderiam salvar seu povo. Pensaram em muitas possibilidades nas mais diversas áreas. Começaram, indo de casa em casa, tentar dialogar com os moradores que, se seguissem, aquela ideia seria o fim do povoado e que todos deveriam se unir para um juízo melhor sobre a angustiante situação. Jade, amiga das irmãs, disse que achava como forma mais promissora, algo que afetasse a economia.

As três se juntaram para discutir o jeito de como efetuar isso. Contavam com o apoio de parte dos moradores. Louise, Marie e Jade acreditavam que, se começassem a vender parte da colheita para os países vizinhos, por preços justos, ajudariam no sustento da região, em vez de seguir o sistema feudal do resto do país. Havia um problema, isso deveria ser feito de maneira escondida do governo central. A solução foi tentar oferecer parte do dinheiro que ganhariam para o governador. Tinham certeza de que aquilo era arriscado; entretanto, aceitariam correr o risco para o futuro de sua comunidade. Assim foi indo, o negócio começou a dar muito dinheiro e os outros camponeses se juntaram.

O governo francês percebeu um movimento estranho na região e ameaçou iniciar uma guerra. As garotas procuraram o ministro do rei para mostrar como aquele sistema de vender e dividir o lucro, igualmente, seria mais justo para todos e evitaria futuras rebeliões, e foi aceito pela corte. A economia foi melhorando em todas as regiões do país, tornando a França um país próspero.